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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mulheres executivas loiras, de 33 anos, são as que mais traem

 

Estudo feito pelo site de traição Ashley Madison mostra que brasileiras traem mais por vingança e preferem homens mais velhos

 

Luciana Carvalho, de

 

Alianças

Sites de traição, como o Ashley Madison, foram criados para quem quer trair, mas não pretende abrir mão do casamento

São Paulo – Casada há 7 anos, executiva do alto escalão, 33 anos de idade, 53 quilos, 1,63 metro de altura. É esse o perfil da mulher que mais trai, de acordo com uma pesquisa feita entre as pessoas do sexo feminino cadastradas no site especializado em traição Ashley Madison, lançado oficialmente no Brasil no dia 15 deste mês.

O levantamento mostrou que 39% delas são mulheres de negócios, 59% são casadas e têm pelo menos um filho, 36% traem por vingança e 67% preferem homens entre 40 e 50 anos de idade. Segundo Jas Kaur, diretora do Ashley Madison Brasil, por enquanto, 30% dos 100.000 brasileiros inscritos no site são mulheres, mas ela espera que esse número cresça para 40%.

O site entrou no ar no início de agosto com uma versão beta e, já nos primeiros 10 dias de funcionamento, os moradores da cidade de São Paulo superaram todas as outras capitais no mundo, com 53.107 visitas. Em segundo lugar, ficou Nova York, com 41.203 visitas. Logo após o Dia dos Pais (14/08), o fluxo de brasileiros no site subiu 524%, enquanto nos Estados Unidos, o crescimento foi de 244%.

Em entrevista a EXAME.com, Jas Kaur fala um pouco da traição no contexto brasileiro e do que leva pessoas em um relacionamento estável a buscarem novos parceiros em sites de traição como o Ashley Madison.

EXAME.com - Já era esperado que o Brasil tivesse um grande público interessado em site de traição?

Jas Kaur – Sim. Uma das razões pelas quais viemos para o Brasil foi que, antes do site existir aqui, os brasileiros já tinham conseguido arrumar uma maneira de entrar no Ashley Madison por outros países, pelos Estados Unidos e Europa. Nós soubemos disso por causa do endereço de IP dos computadores usados. Além disso, um estudo recente feito na América Latina mostrou que os brasileiros são os que mais traem na região. Pelo menos 70% dos homens e, o mais impressionante, 56% das mulheres no Brasil já traíram pelo menos uma vez.

EXAME.com – As mulheres têm traído mais, em sua opinião?

Kaur – Trair, todo mundo trai, mas não sei se o número é alto por que elas se abrem mais (e nos outros lugares há mais hipocrisia) ou se elas traem mais mesmo. Agora queremos conhecer mais. Sabemos que mulheres traem por motivos diferentes. Muitas vezes é por vingança, depois de ver que o marido a estava traindo e quis dar o troco. Outra razão é não ter a vida sexual ativa com o marido. Elas amam o companheiro, então procuram uma aventura em outro lugar.

EXAME.com – O número de homens em um site para traição será sempre maior do que o de mulheres? Como é isso atualmente no mundo?

Kaur - A média global é 70% homens e 30% mulheres, mas varia de acordo com a região. Na Austrália, a proporção é 60% homens e 40% mulheres, na Espanha, é 65% e 35%. No Brasil é 70% e 30%, mas acredito que o número vai ficar igual ao da Austrália. Não acho que um dia ficará igual, mas pode aproximar. A mulher vê a traição de uma forma muito diferente do homem.

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