O sistema nacional de alerta contra catástrofes naturais será bancado neste ano por R$ 10 milhões do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. A decisão foi anunciada na quinta-feira em Brasília.
Principal anúncio do início da gestão de Aloizio Mercadante no Ministério da Ciência e Tecnologia, a criação de um sistema que possa evitar tragédias como a de janeiro na região serrana do Rio esbarrou nos cortes orçamentários do governo.
Marlene Bergamo/Folha Imagem
Enchentes em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, provocaram desabamentos e mortes no início deste ano
A saída foi pedir financiamento para o início da montagem do sistema ao fundo gerenciado pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente).
Afinal, raciocina o ministério, trata-se de uma ação de adaptação às mudanças climáticas, uma das linhas principais do fundo.
Neste ano, o fundo deverá investir R$ 229 milhões em ações como combate à desertificação e redução de emissões de carbono.
Desse total, R$ 200 milhões serão disponibilizados pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) na forma de empréstimos com juros mais baixos que a inflação.
Na mira do secretário nacional de Mudança Climática, Eduardo Assad, estão linhas de crédito para substituição de ônibus a diesel por biodiesel e a expansão das placas solares para aquecimento de água, além do estímulo ao desenvolvimento de painéis fotovoltaicos.
"A gente sempre ouve o argumento de que é muito caro, então vamos dar dinheiro para pesquisa, para ficar barato", afirmou Assad.
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