Você já imaginou ver seus avós jogando capoeira. Isso está sendo possível graças a um projeto desenvolvido pelo professor de Educação Física, Clemilson de Oliveira, no Grupo da Melhor Idade do bairro Vila União, neste município. As aulas de capoeira desenvolvidas objetiva atender a um grupo formado por 60 idosos. Toda manhã de quinta-feira, eles se reúnem na sede da associação do bairro. Com isso, explica Clemilson Oliveira, eles estão adquirindo segurança, equilíbrio e melhoria da autoestima. "A capoeira é um esporte que além de atrativo, é bom para o corpo e para a mente", disse ele.
O professor destaca que a vantagem de implantar a capoeira como atividade para o grupo devolveu aos participantes o interesse em participar dos movimentos. "Além da prática, nós oferecemos oportunidade para que eles possam compreender um pouco da cultura afro-brasileira, que não deixa de ser uma filosofia de vida".Antes das aulas, os participantes têm exercícios de alongamentos, ministrada pelo professor Rony Lima, da Liga Sobralense de Capoeira (LSC). Alguns chegam a se divertir com a desenvoltura das colegas. A dona de casa Maria das Graças Souza Silva, 59 anos, está há mais 11 anos no grupo. Ela conta que sua vida mudou para melhor. Ela diz que muitas delas chegavam a usar bengala para não perder o equilíbrio. "A capoeira conseguiu unir o grupo que estava um pouco afastado das caminhadas. Agora quase todo mundo tem participado dos movimentos", disse Graça.
O professor Clemilson Oliveira, que atua mais como instrutor do movimento, informa que, antes de implantar uma atividade física diferenciada, é feito um levantamento para tentar entender qual o tipo de cultura popular está mais presente na comunidade. "Feito isso a gente estuda a possibilidade de trazer para dentro dos grupos um esporte que agrade a todos", explica Clemilson, acrescentando que, muita vezes, o público da melhor idade fica com um pouco de receio em praticar a capoeira, com medo dos movimentos, os giros, mas os treinamentos são feitos por etapas. "Não existe um esforço além da condição física de cada um", afirma o professor Oliveira.
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