Jornal GGN - Nesta quarta-feira (21), a Petrobras informou que deu início a fase vinculante para vender sua participação no Campo de Azulão, na Bacia do Amazonas. Nesta fase, a estatal vai enviar cartas para convidar os potenciais compradores habilitados na fase anterior, com as instruções sobre o processo de desinvestimento.
100% da participação da Petrobras no Campo de Azulão (Concessão BA-3) será vendida. A companhia diz que a área "representa uma oportunidade para desenvolver uma descoberta de gás natural, perto de infraestrutura já existente, bem como de linha de transmissão de energia".
Localizado na Bacia do Amazonas, o Campo de Azulão tem área de concessão de 57,7 quilômetros quadrados e está na margem esquerda do Rio Amazonas, nos municípios de Silves e Itapiranga, a cerca de 200 quilômetros de Manaus (AM).
A estatal disse também que a nova etapa da venda do ativo segue as determinações do Tribunal de Contas da União (TCU).
Outra campo no de gás no Amazonas
Em maio, a estatal deu início ao processo de venda do campo de gás de Juruá, também na Bacia do Amazonas. Juruá fica no município de Carauari, a 800 quilômetros de Manaus, e tem "volume significativo" de gás natural, segundo a empresa.
Entretanto, a distância destes campos em relação aos mercados consumidores pode ser um entrave ao desenvolvimento das reservas.
A Petrobras espera captar US$ 21 bilhões até o fim de 2018 com seu plano de desinvestimentos, sendo que, entre 2015 e 2016, a empresa vendeu US$ 13,6 bilhões.
Questionamentos no Congresso
Também em maio, a Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou de Eduardo Braga (PMDB/AM) que pedindo esclarecimentos sobre a venda do Campo de Azulão ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
Braga quer que a estatal explique "por que quer desistir de empreendimento com viabilidade econômica assegurada, sobretudo após a construção do linhão Tucuruí – Macapá – Manaus, e de tamanha importância para a região".
"Esse campo fica exatamente debaixo do linhão de Tucuruí para Manaus. Portanto, uma usina a gás construída debaixo desse linhão é praticamente uma mina de ouro. Eu não entendo a razão para a Petrobras levar à venda um ativo como esse", afirmou o senador.
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