(Reuters) - A dívida pública federal subiu 0,26 por cento em maio frente a abril, alcançando 3,253 trilhões de reais, quarta alta consecutiva mas que ainda mantém o estoque fora da faixa de 3,45 trilhões a 3,65 trilhões de reais estabelecida pelo Tesouro Nacional para 2017, conforme Plano Anual de Financiamento (PAF).
A dívida pública mobiliária interna subiu 0,22 por cento no período, a 3,130 trilhões de reais, diante da apropriação positiva de juros de 25,67 bilhões de reais e resgate líquido de 18,74 bilhões de reais, informou o Tesouro nesta segunda-feira.
Já a dívida externa subiu 1,31 por cento, encerrando o mês em 122,87 bilhões de reais. Em maio, marcado pelo terremoto político que atingiu o governo do presidente Michel Temer após delações de executivos da JBS, o dólar subiu 1,94 por cento sobre o real.
Por conta da forte turbulência dos mercados financeiros por conta da crise política, no mês passado o Tesouro fez leilões extraordinários de compra e venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN), Notas do Tesouro Nacional-Série F (NTN-F) e Notas do Tesouro Nacional-Série B (NTN-B), que acabaram gerando resgate líquido de 2,11 bilhões de reais.
Em relação à composição da dívida total, os títulos prefixados continuaram com maior peso, de 34,97 por cento, acima dos 33,95 por cento em abril, e dentro do intervalo de 32 a 36 por cento para 2017.
Representados pelas LFTs, os títulos pós-fixados subiram a 30,47 por cento da dívida em maio, ante 29,99 por cento no mês anterior. Para o ano, o Tesouro fixou participação de 29 a 33 por cento para os papéis.
Os títulos corrigidos pela inflação, cuja participação no ano também foi definida em 29 a 33 por cento, caíram a 30,66 por cento do total da dívida, contra 32,20 por cento em abril.
A participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna voltou a cair em maio, passando a 13,42 por cento, sobre 13,63 em abril.
Nenhum comentário:
Postar um comentário