247 - Depois de 11 anos, o Brasil pode registrar neste mês uma queda do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação do País.
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Analistas ouvidos pelo Banco Central no Boletim Focus projetam para junho uma queda de 0,07% e o próprio BC prevê uma queda de 0,1% no indicador. A última deflação ocorreu em junho de 2006, quando houve queda de 0,21% no IPCA.
A avaliação dos analistas é que a queda esperada para este mês vem de uma convergência de fatores, como a baixa pressão dos preços dos alimentos, fruto do clima mais ameno desde o fim do ano passado, e dos bons resultados das safras agrícolas, além de um câmbio mais apreciado.
Também pesa a redução dos preços de combustível pela Petrobras e a mudança da bandeira tarifária de energia – de vermelha, mais cara, para verde. Além, claro, da conjuntura ruim, com atividade econômica fraca e desemprego alto, o que inibe o consumo.
Para economistas, porém, a deflação de junho, se confirmada, não deve se repetir nos próximos meses. "A deflação esperada para junho é muito pouco para dar um parâmetro da situação econômica. A economia ainda anda cambaleante, mas o que se tem agora é uma sazonalidade, que ajuda bastante o mês de junho", diz o economista Flavio Romão, da LCA Consultores.
Na quinta-feira (22), o Banco Central reduziu sua expectativa de inflação para 2017 de 4% para 3,8%. A visão é compartilhada pelo mercado, que espera que o índice termine o ano abaixo do centro da meta, de 4,5%.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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