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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Terremoto no sudeste da Espanha deixa ao menos 10 mortos e dezenas de feridos

Pelo menos dez pessoas morreram e dezenas ficaram feridas pela queda de edifícios provocada por um terremoto de 5,2 graus de magnitude que atingiu nesta quarta-feira a cidade espanhola de Lorca, no sudeste do país, e que deixou a população alarmada.

Fontes do Governo regional de Múrcia informaram à Agência Efe da morte de pelo menos dez pessoas e de dezenas de feridos por causa do sismo, que ocorreu por volta das 18h45 no horário local (13h45 de Brasília), duas horas após outro tremor de 4,4 graus na escala Richter.

O epicentro do terremoto esteve localizado a cerca de sete quilômetros da cidade de Lorca, de 92 mil habitantes, e o tremor foi sentido em quase toda a região e em províncias vizinhas.

O diretor-geral de Comunicação do Governo de Múrcia, Miguel Ángel Pérez, disse à Efe que entre os mortos há um menor de idade.

A mesma fonte assinalou que há vários feridos e que os membros das equipes de segurança rastreiam "casa por casa" na busca de vítimas.

Lorca, situada em uma região de grande atividade agrícola, sofreu outro forte terremoto de 4,7 graus em 2005, que, no entanto, não deixou vítimas, mas destruiu cerca de mil casas.

Os tremores desta quarta-feira alarmaram a população, que foi para as ruas diante do temor de réplicas. Muitos moradores de Lorca preferiram se afastar dos edifícios e se aglomeraram em parques da cidade.

Além disso, segundo testemunhas, muitos automóveis ficaram soterrados por escombros.

O Hospital Rafael Méndez teve que ser evacuado e seus pacientes transferidos a outros centros hospitalares.

Por volta das 19h, dois edifícios desabaram por causa do terremoto.

Partes de igrejas e santuários também ficaram destruídas pelo tremor.

O terremoto desta quarta-feira é o mais grave registrado nos últimos 50 anos na Espanha, depois do que atingiu a província de Granada (Andaluzia), em 20 de abril de 1956.

Esse terremoto causou a morte de 12 pessoas, deixou mais de 70 feridas e levou ao desabamento de 500 edifícios em Granada.

O último terremoto com vítimas foi o de 28 de fevereiro de 1969, no litoral da também província de Huelva, que atingiu 7,5 graus na escala Richter e deixou quatro mortos por ataques cardíacos.

Na Espanha, são registrados cerca de 2,5 mil terremotos por ano, dos quais apenas dois, em média, são sentidos pela população por mês, segundo a rede sísmica do Instituto Geográfico Nacional.

O Governo espanhol mobilizou a Unidade Militar de Emergências e 150 soldados foram enviados às áreas atingidas pelo tremor.

Trata-se da primeira vez que esta unidade militar intervém em território nacional como consequência de um abalo sísmico. Anteriormente, participou dos trabalhos de resgate no Haiti, após o terremoto que devastou o país em janeiro de 2010.

O presidente do Governo espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, e o rei Juan Carlos, estão sendo continuamente informados sobre as consequências do tremor.

Segundo o Executivo, o terremoto causou danos principalmente em Lorca e na vizinha Totana, mas também em Albacete e em Vélez-Rubio.

A rede sísmica do Instituto Geográfico Nacional detectou várias réplicas após o terremoto de 5,2 graus.

A cidade de Lorca é a terceira maior da região de Múrcia e sua economia se baseia principalmente na agricultura e na pecuária.

Nos últimos anos, acolhe um grande número de imigrantes, muitos procedentes da América Latina, sobretudo de Equador e Bolívia, que trabalham, em sua maioria, na agricultura. EFE

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