Por Herbert
A agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou na segunda-feira a perspectiva do rating do Brasil de "estável" para "positiva", citando a expectativa de que o custo da dívida do país seja reduzida.
A S&P citou os prognósticos do Brasil para um crescimento econômico estável e de longo prazo, dizendo que os moderados déficits em transações correntes e fiscal devem diminuir a vulnerabilidade do país a choques externos.
A agência afirmou estar sinalizando uma chance de que a nota de crédito soberano do Brasil possa ser elevada.
"Mudanças na perspectiva não são sinais de uma mudança iminente" no rating de crédito do país, disse Joydeep Mukherji, diretor sênior do grupo de ratings soberanos da S&P.
Contudo, a revisão na perspectiva reflete a resiliência da economia brasileira durante a crise financeira global, completou Mukherji.
"O fato de termos elevado (a perspectiva) para positiva é um sinal de que eles conduziram o barco muito bem durante a tempestade", afirmou ele.
Para Alfredo Barbuti, economista-chefe da BGC Liquidez, a S&P está apenas "corrigindo" a avaliação do Brasil, em linha com outras agências de classificação de risco.
Outras duas importantes agências de rating --Moody's e Fitch-- classificam o Brasil como grau de investimento, com notas "Baa3" (perspectiva "positiva") e "BBB" (perspectiva "estável"), respectivamente.
"Não vejo uma mudança tão drástica. De certa forma me parece que a S&P está corrigindo uma postura", disse.
A S&P classifica o Brasil como "BBB-", o que coloca o país no mais baixo patamar da faixa de grau de investimento, de acordo com a classificação da agência. A perspectiva positiva iguala o Brasil ao Peru, que também é "BBB-".
O Brasil foi elevado a grau de investimento pela S&P em abril de 2008. Seis países na América Latina estão nessa faixa.
(Reportagem de Herbert Lash)
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