Primeira grande produção internacional, produzida por um estúdio americano, "Área q" teve algumas de cenas em Quixadá. As arquiteturas exóticas se transformam em sets de gravações Produções ganham o mundo exaltando a paisagem, a paisagem e os costumes nordestinos do Interior do Estado
Quixadá. Quando os produtores de uma das maiores obras cinematográficas nacionais escolheram Quixadá como cenário do longa-metragem "A morte comanda o cangaço", não imaginavam que estavam dando o passo fundamental para transformar esta cidade interiorana, situada a pouco mais de 160Km de Fortaleza, numas espécie de Hollywood sertaneja. Aos poucos a região começou a ser procurada por outros cineastas. Hoje, os amantes do cinema catalogam mais de 50 produções, entre longas, médias, curtas-metragens, vídeo clips e até produções experimentais. Todos os cantos da cidade, quer seja na área urbana ou rural acabam entrando em cena, transformando Quixadá numa cidade cenográfica, de verdade.
No ano passado três filmes foram produzidos na cidade. "O Auto da Camisinha", com a participação do humorista Chico Anysio; "Homens com cheiro de flor", retratando a história de matadores de aluguel, e "Área Q", a primeira coprodução cearense Brasil - Estados Unidos, abordando uma misteriosa história sobre ufologia. Este ano, produtores, roteiristas, câmeras e atores deverão invadir a cidade novamente para concluírem mais uma produção, "Gato Preto", de Clébio Viriato Ribeiro. Mais uma vez, Quixadá será transformada em uma cidade cenográfica. Ruas serão isoladas e as claquetes baterão dezenas de vezes.
Entretanto, enquanto na Hollywood americana, produtores e atores utilizam imensos galpões, ou sets de filmagem, como são tecnicamente conhecidos, por aqui os alpendres das edificações rurais serão transformados em camarins. A Fazenda Fonseca, situada a pouco mais de 5Km do Centro de Quixadá, costuma ser um desses estúdios. Cenas de "A morte comanda o cangaço", "O Quinze", e "Siri-a-rá" foram gravadas no casarão e também no seu entorno, lembra a proprietária, Guiomar Holanda. Mais um entraria na lista, "Luzia Homem", não fosse uma indisposição de saúde do patriarca da família, lembra o filho da herdeira, Leorne Menescal.
Gravação ao vivo
No início, eram poucos os que se interessavam em apreciar as gravações. São horas de espera para observarem uma cena. Na maioria das vezes o silêncio é prioridade. Daí, quem espera para ver como se produz um filme é porque gosta mesmo, lembra Edna Letícia Uchôa. Nos últimos anos, ela participou das gravações de todos os filmes produzidos em Quixadá. O último deles foi "Área Q", mas pela lista, além do "Gato Preto", ainda em fase de produção e de "Homens com cheiro de flor", de Joe Pimentel, ela lembra de alguns, dentre dezenas, que lhe despertaram o fascínio pela sétima arte: "Quixadá, curral de pedras"; "Luiza Homem" e "O cangaceiro trapalhão" são os mais conhecidos.
Outros jovens também ficaram fascinados pelo mundo cinematográfico quando em 1998 resolveram fundar a Associação de Cinema e Vídeo de Quixadá (ACVQ). Já tinham na bagagem da "CactusHollywod" grandes produções. Quixadá ficou famosa nas telas de cinemas através de várias delas. Além de "A Morte comanda o cangaço" e "O cangaceiro trapalhão", 20 anos depois, "Dora Doralina", "Corisco e Dadá", "Ô Casamento", "Vila Lobos", "O Caminho das Nuvens", "Siri-a-rá" e "Cine Tapuia" confirmam a potencialidade da cidade e região aptas a receber trabalhos cinematográficos nacionais e internacionais. Além do sol, a cidade está sempre de braços abertos para mais uma produção.
E tem lugar, como o povoado de Juatama, a pouco mais de 20Km do Centro de Quixadá, onde praticamente todos os moradores acabaram se transformando em atores e figurantes, nas vilas, ferrovia e na estação. Enquanto na Hollywood americana tudo é montado, no pacato vilarejo está tudo ali, prontinho, construído por Deus, pela natureza e pelo progresso, adormecido nos últimos anos. E daquele cantinho de meu Deus, o qual fez o maior humorista do Brasil, Chico Anysio, relembrar sua amada Maranguape, um ator da terra, Brasilino de Freitas, teve a honra de contracenar com o mestre, nas cenas de "O auto da camisinha". Além de conquistar a confiança e o interesse de Chico por seu projeto, o produtor, Cébio Ribeiro encontrou naquele lugar o cenário ideal para desenvolver sua trama.
Acerca do interesse de tantos cineastas por Quixadá, Clébio Ribeiro explica ocorrer principalmente em razão de dois aspectos: Um deles está relacionado à luminosidade. O céu ensolarado, na maior parte do ano, com poucas nuvens, é ideal para as gravações diurnas. O outro está relacionado aos locais para gravações.
Fonte:DN
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