O ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, participou ontem, na Câmara, do 5º Seminário Latino-Americano de Anistia e Direitos Humanos que acontece até hoje, no auditório Nereu Ramos. Na ocasião ele falou sobre o golpe contra o seu governo em 2009 e agradeceu ao governo brasileiro e ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apoio a ele dado, quando esteve refugiado por quatro meses na embaixada brasileira em Tegucigalpa, capital do País caribenho.
“Quando um golpe instala um Estado de fato, e não de direito, em um país, a primeira vítima são os direitos humanos. Durante o governo de Roberto Micheletti, o Parlamento hondurenho restringiu as garantias constitucionais de liberdade pessoal, associação, circulação e tempo de detenção .
Foram mais de nove mil denúncias de atentados contra os direitos humanos. O Brasil foi para nós um símbolo, especialmente pela posição de um homem, de um político como Lula. Nós, o povo hondurenho, temos uma dívida com o povo brasileiro que nunca conseguiremos pagar”, afirmou.
No seminário, o ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos, e um dos propositores do evento, deputado Luiz Couto (PT-PB) reiterou a importância do evento. “É preciso dar continuidade ao debate, mostrar os avanços, novos desafios e que a anistia não é só um problema brasileiro. A anistia é uma questão fundamental na luta pelos direitos humanos, contra as violações desses mesmos direitos”, afirmou. Luiz Couto aposta na ampliação do debate com a votação do projeto que cria a Comissão da Verdade pelo Congresso Nacional. O projeto que cria a Comissão da Verdade foi aprovado na Câmara e aguarda apreciação no Senado.
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