CRUZ - Dia 29 de abril, o Superintendente do Patrimônio da União Dr. Jean Saraiva esteve reunido com moradores da Praia do Preá, município de Cruz, a 300 Km de Fortaleza, para esclarecer a população sobre a situação irregular no uso e ocupação do solo, inclusive com construções em áreas de risco. Foram apresentadas as construções que se encontram em área proibida e que as mesmas estavam sujeitas a demolições. Informou ainda que a área da Marinha é fiscalizada pelo IBAMA e as demais áreas pela SEMACE. O ponto de referência é a posição do mar em 1830, embora saiba-se que o mar oras avança pelo continente, ora se afasta, em um movimento constante de mudança de limites entre o Mar e o Continente. Embora não seja este o único problema de conflito pelo uso da terra existe na Praia do Preá. No início da década, a venda do Patrimônio de São Francisco de Caiçara, pertencente a Diocese de Sobral, gerou um conflito que ainda se encontra na justiça sem que se tenha um desfecho para o caso. A justiça proibiu a venda e realização de escritura pública referente às terras da Praia do Preá. Mesmo assim as vendas com escrituras particulares continuaram a ser praticadas diariamente quando muitos imóveis são comercializados por preços que podem chegar até a mil Reais o metro quadrado de terreno, sendo um dos mais caros do Brasil. Os principais compradores são estrangeiros que fazem o negócio e vão embora e passam vários anos sem retornar ao local. A maioria dos vendedores de terrenos são pessoas que invadiram áreas para comercialização sem serem os legítimos donos dos imóveis. Também há muita procura por terrenos para construção de pontos comerciais de diferentes finalidades e casas para veraneio. Mas, se comprar e vender terrenos, na Praia do Preá, está sendo um bom negócio para alguns, para outros já é motivo de dor de cabeça. Pois, um novo problema já está surgindo, com relação a venda de terrenos, pois muitos compradores de terrenos que demoram a retornar ao local, quando voltam já encontram o terreno vendido para outra pessoa ou a área já está construída gerando mais um conflito pela posse da terra e prejudicando o comércio dos imóveis locais. Este ato está tornando-se uma pratica viciosa entre os vendedores de terrenos. Aconselha-se que quem comprar um terreno, procure o máximo de informações possíveis sobre o imóvel a ser adquirido e tome como testemunhas os proprietários vizinhos como uma medida de segurança para evitar que o terreno seja vendido para outra pessoa. A Praia do Preá já dispõe de uma área construída de seis quilômetros quadrados, com terras muito valorizadas e de grande procura pelos especuladores imobiliários. Também na zona rural próxima do litoral as terras estão muito valorizadas e muito cobiçadas pelos estrangeiros.
Dr. Lima
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