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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Vendas de veículos no Brasil devem crescer 5,2% em 2011--Anfavea

As vendas de veículos no Brasil em 2011 devem bater novo recorde, com expansão de 5,2 por cento sobre este ano, para 3,63 milhões de unidades, conforme previsão divulgada nesta segunda-feira pela Anfavea, associação que representa as montadoras no país.

O forte crescimento da economia e a abundante oferta de crédito têm impulsionado a comercialização de carros no país.

A Anfavea também revisou para cima suas projeções para 2010, ao apresentar o desempenho da indústria automotiva referente a novembro. Para este ano, a Anfavea estima agora alta de 9,8 por cento nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado interno, para 3,45 milhões de unidades. O alvo anterior era de expansão de 8,2 por cento.

A produção em 2011 deve avançar em ritmo menor, com crescimento de 1,1 por cento, chegando a 3,68 milhões de veículos, depois da alta de 14,4 por cento neste ano, para 3,64 milhões de unidades.

O descompasso entre o aumento das vendas e da produção é explicado pela queda à frente no volume para as exportações pela indústria, em unidades. A Anfavea calcula vendas externas de 730 mil veículos em 2011, número 6,4 por cento menor que o projetado para este ano, de 780 mil unidades.

Em receita, porém, as exportações devem crescer 2,3 por cento no próximo ano, para 13,1 bilhões de dólares.

Para 2010, a Anfavea prevê agora exportações de 12,8 bilhões de dólares, contra os 12,4 bilhões de dólares esperados antes, o que representa expansão de 54 por cento sobre 2009.

CRÉDITO

No final da semana passada, o Banco Central anunciou medidas para enxugar a liquidez da economia e evitar o surgimento de bolhas, em um momento de inflação em alta. O governo elevou o compulsório sobre depósitos à vista e a prazo, reduzindo os recursos que os bancos têm disponíveis para emprestar, e tornou mais caro para as instituições oferecer crédito de longo prazo às pessoas físicas

"Consideramos a medida (do BC) transitória para o equilíbrio da economia... Não deve impactar nem dezembro nem os números (da indústria automotiva) do ano que vem. É uma medida de controle da inflação, dá pra ter esse crescimento que projetamos com isso", disse o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, que também preside o grupo Fiat na América Latina, em entrevista coletiva.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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