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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Brasil é o país latino-americano com mais beneficiários de programas de transferência de renda

 

Renata Giraldi

O Brasil lidera os países latino-americanos em programas de transferência de renda para populações carentes, seguido pelo México e pela Colômbia, segundo estudos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Pelos dados do órgão, mais de 100 milhões de pessoas ou 19% dos moradores da região são beneficiados pelos repasses feitos por meio dos programas de transferência de renda. O Programa Bolsa Família está à frente dos demais programas latino-americanos.

De acordo com dados do órgão, em média, os gastos dos programas representam apenas 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nos países da região. Os programas com maior número de beneficiários em termos absolutos são o Bolsa Família no Brasil – 52 milhões de pessoas –, o Oportunidades, do México – 27 milhões de pessoas atendidas – e o programa Famílias em Ação da Colômbia – com 12 milhões de beneficiários.

A Cepal informou que há programas de transferência de renda em vigor em 18 países da região que atendem a 25 milhões de famílias, o equivalente a 113 milhões de pessoas – ou 19% da população da América Latina e no Caribe. De acordo com os especialistas, os programas colaboram para a redução a curto prazo da pobreza e para o fortalecimento do desenvolvimento humano.

Para a Cepal, os programas de transferência de renda devem ser interpretados como ferramentas “importantes” nas políticas sociais de combate à pobreza, de acordo com a agência. “Tratam-se de iniciativas de caráter não contributivo que procuram aumentar os níveis de consumo das famílias”, informou o relatório do órgão.

Alguns países começaram há pouco tempo a implementar os programas de transferência de renda, como Honduras com o projeto Bono 10 mil – que paga cerca de US$ 500 por ano por beneficiário.
De acordo com o relatório da Cepal, o Panorama Social da América Latina 2010, apresentado em novembro, contribuiu para diminuir o impacto da crise econômica e reduzir a desigualdade.

 

Edição: Talita Cavalcante

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