A companhia aérea estatal Aerolíneas Argentinas e sua subsidiária Austral receberam nesta semana os dois últimos aviões da Embraer - de um total de nove - que a empresa havia planejado incorporar à sua frota em 2010. Segundo a companhia anunciou, até junho de 2011 aterrissarão outros onze aparelhos Made in Brazil. No total, segundo o acordo que o governo da presidente Cristina Kirchner assinou no ano passado, a Argentina comprará duas dezenas do modelo E190AR.
O presidente da Aerolíneas, Mariano Recalde, anunciou que a empresa receberá entre um a dois aparelhos por mês até meados de 2011. Segundo o governo argentino, a compra total dos 20 aviões da Embraer foi realizada por intermédio de um crédito do BNDES. Do total de US$ 698 milhões, segundo as autoridades em Buenos Aires, 85% são financiados pelo BNDES a 12 anos, com juros anuais de 8%. Os 15% restantes do valor a pagar são desembolsados pela companhia aérea argentina ou Tesouro Nacional na hora da entrega dos aparelhos.
Reestatização
No dia 21 de maio do ano passado, em uma cerimônia com toda pompa na Casa Rosada, a presidente Cristina anunciou a assinatura do acordo de compra dos 20 aviões da Embraer. Ela destacou que a aquisição de novos aviões tinha a intenção de "revitalizar" a companhia aérea Austral, subsidiária da Aerolíneas Argentinas, reestatizada em 2009 em meio a grande polêmica, denúncias de desvios de fundos e diversas irregularidades. A Aerolíneas e a Austral - cujos atuais aparelhos são definidos por especialistas como "sucatas voadoras" - não compravam aviões novos desde 1992.
Além da compra de aviões da Embraer, a presidente assinou um entendimento entre a Embraer e o governo argentino para o apoio ao desenvolvimento e capacitação tecnológica da Área Material Córdoba (AMC), a ex-Fábrica Militar de Aviões argentina, em processo de reestatização. O plano é que a AMC, no futuro, forneça serviços e peças para aeronaves da Embraer
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