A presidente eleita, Dilma Rousseff, oficializou nesta sexta-feira a indicação de mais três ministros que vão integrar seu governo a partir de 1o de janeiro. Todos pertencem ao PT.
Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda que caiu por escândalo em 2006, será o chefe da Casa Civil. Gilberto Carvalho, atual chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai comandar a Secretaria-Geral da Presidência, responsável pelo diálogo com as entidades da sociedade civil.
Na Justiça, foi confirmado o nome do deputado José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da equipe de transição de governo e secretário-geral do PT.
"A presidenta eleita orientou os futuros ministros a trabalhar de forma integrada com os demais setores do governo para dar cumprimento a seu programa de desenvolvimento com distribuição de renda e garantia da estabilidade econômica", afirma nota da assessoria de imprensa de Dilma.
Havia a expectativa do anúncio da permanência de Alexandre Padilha na pasta das Relações Institucionais, mas desde a véspera sua presença já não era tão certa, segundo petistas consultados pela Reuters.
Este ministério faz a ponte do governo com o Congresso e já foi ocupado por políticos de outros partidos, como PCdoB e PTB.
Nas últimas horas, a equipe de transição vem negociando cargos com o PMDB, principal parceiro político do futuro governo. Estavam cotados para serem anunciados o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ligado ao presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), para retornar à pasta das Minas e Energia, e Wagner Rossi, também indicação do PMDB, para permanecer na pasta da Agricultura.
O PMDB, que tem o deputado Michel Temer como vice-presidente da República eleito, quer cinco ministérios enquanto a tendência de Dilma é oferecer quatro.
No dia 24 de novembro, Dilma formalizou os ministros da equipe econômica, composta por Guido Mantega (Fazenda), que permanece no cargo, Alexandre Tombini (Banco Central) e Miriam Belchior (Planejamento).
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Bruno Peres)
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