A falta de professores nos 24 cursos mantidos pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) está sendo denunciada pela Sessão Sindical dos Docentes da UVA (Sindiuva) e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que pretendem levar a reivindicação para a Assembleia Legislativa do Estado, no próximo dia 17, quando acontecerá uma audiência pública para tratar do assunto.
De acordo com os números apresentados pela presidente do Sindiuva, Maria Antônia Veiga Adrião, não apenas os 9 mil estudantes matriculados nos campi da Universidade em Sobral, mas todos os universitários que são assistidos pela UVA, nos demais 120 municípios do Estado, sofrem com a falta de professores.
Déficit
"O número é do ano passado e apresenta um déficit de 192 professores e acreditamos que esse número aumentou com a implementação curricular, implantada pelo Ministério da educação (MEC), que exige uma carga horária bem maior", disse Maria Antônia, acrescentando que esses dados já se encontram nas mãos do governador do Estado, Cid Gomes.
A presidenta adiantou que a carência de professores na UVA não é de hoje e que vem sendo amenizado com a contração de professores substitutos regularizados por concurso público, que passam por uma seleção de provas e títulos e ingressam no sistema, a exemplo dos professores colaboradores, que, de acordo com ela, é uma "invenção" da própria UVA.
Abusiva
"Essa é uma prática considerada abusiva, porque trata de um profissional que é contratado por uma fundação ligada à universidade. Esse colaborador não entra oficialmente na universidade e a presença dele nas salas de aulas já foi contestada pelo Ministério Público Estadual", afirmou ela.
Para o professor do Curso de Química, Murilo Sérgio da Silva Julião, a situação é "sui generis" porque parece que está tudo bem. "As coisas estão acontecendo de maneira correta do ponto de vista de quem está fora da Universidade. Só que, para quem convive com a situação sente muito isso". O professor também critica a política adotada pela UVA em contratar o professor colaborador "que acaba mascarando um ponto frágil da Universidade, que é a carência de docentes".
Outro ponto questionado por Murilo Sérgio da Silva é a eleição para a escolha do reitor da UVA. "A comunidade docente não tem o poder de decisão de escolher seus dirigentes, não só o reitor, bem como os diretores de centros, que hoje existem dez em funcionamento e as coordenações dos cursos. Isso é que nos deixa ainda mais revoltados", destacou.
Segundo ele, a contratação de professores substitutos só se justificaria em substituição a professores em saída para pós-graduação, licença maternidade e doença. "A contratação de professores colaboradores afronta a comunidade acadêmica, a sociedade e a lei, visto que todos sabem que a contratação para o serviço público só pode se dar por concurso público de provas e títulos", disse Antônia. O problema, segundo a Assessoria de Imprensa da UVA, já é de conhecimento da instituição. Porém, até o fechamento desta edição, a Universidade não deu mais esclarecimentos.
O Sindiuva organiza ainda para este mês uma manifestação com a participação de professores e alunos, em que pretende levar ao conhecimento da população a forma sobre como a UVA vem funcionado.
"Acreditamos que chegou o momento de nos unirmos por essa causa. A Universidade não pode fechar e nem continuar funcionando de forma precária", finaliza ela.
De acordo com os números apresentados pela presidente do Sindiuva, Maria Antônia Veiga Adrião, não apenas os 9 mil estudantes matriculados nos campi da Universidade em Sobral, mas todos os universitários que são assistidos pela UVA, nos demais 120 municípios do Estado, sofrem com a falta de professores.
Déficit
"O número é do ano passado e apresenta um déficit de 192 professores e acreditamos que esse número aumentou com a implementação curricular, implantada pelo Ministério da educação (MEC), que exige uma carga horária bem maior", disse Maria Antônia, acrescentando que esses dados já se encontram nas mãos do governador do Estado, Cid Gomes.
A presidenta adiantou que a carência de professores na UVA não é de hoje e que vem sendo amenizado com a contração de professores substitutos regularizados por concurso público, que passam por uma seleção de provas e títulos e ingressam no sistema, a exemplo dos professores colaboradores, que, de acordo com ela, é uma "invenção" da própria UVA.
Abusiva
"Essa é uma prática considerada abusiva, porque trata de um profissional que é contratado por uma fundação ligada à universidade. Esse colaborador não entra oficialmente na universidade e a presença dele nas salas de aulas já foi contestada pelo Ministério Público Estadual", afirmou ela.
Para o professor do Curso de Química, Murilo Sérgio da Silva Julião, a situação é "sui generis" porque parece que está tudo bem. "As coisas estão acontecendo de maneira correta do ponto de vista de quem está fora da Universidade. Só que, para quem convive com a situação sente muito isso". O professor também critica a política adotada pela UVA em contratar o professor colaborador "que acaba mascarando um ponto frágil da Universidade, que é a carência de docentes".
Outro ponto questionado por Murilo Sérgio da Silva é a eleição para a escolha do reitor da UVA. "A comunidade docente não tem o poder de decisão de escolher seus dirigentes, não só o reitor, bem como os diretores de centros, que hoje existem dez em funcionamento e as coordenações dos cursos. Isso é que nos deixa ainda mais revoltados", destacou.
Segundo ele, a contratação de professores substitutos só se justificaria em substituição a professores em saída para pós-graduação, licença maternidade e doença. "A contratação de professores colaboradores afronta a comunidade acadêmica, a sociedade e a lei, visto que todos sabem que a contratação para o serviço público só pode se dar por concurso público de provas e títulos", disse Antônia. O problema, segundo a Assessoria de Imprensa da UVA, já é de conhecimento da instituição. Porém, até o fechamento desta edição, a Universidade não deu mais esclarecimentos.
O Sindiuva organiza ainda para este mês uma manifestação com a participação de professores e alunos, em que pretende levar ao conhecimento da população a forma sobre como a UVA vem funcionado.
"Acreditamos que chegou o momento de nos unirmos por essa causa. A Universidade não pode fechar e nem continuar funcionando de forma precária", finaliza ela.
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