A presidenta Dilma Rousseff se encontrou dia (06) mais cedo com taxistas, na Vila Clementino, na zona sul de São Paulo. E lá relembrou três ações do governo federal a favor da categoria: a regulamentação da profissão, a redução do IPI na compra do carro pelo taxista e a lei de direito sucessório, que garante à família do taxista herdar a licença do táxi e não ficar desamparada em casos de acidente, doença ou violência em que o taxista possa chegar a óbito.
No encontro, Dilma anunciou que vai encaminhar ao poder Legislativo uma mudança na Constituição com relação à segurança pública para garantir que a União possa trabalhar junto com o estados e as instituições de segurança pública para combater o crime organizado com uma estrutura organizada: cidade, estado e governo federal juntos contra a violência: "Agora, nós precisamos caminhar juntos para uma nova etapa, e combater o crime organizado. Na constituição do país, a atividade de segurança pública é responsabilidade dos estados, mas nós do governo federal não queremos lavar as nossas mãos para a segurança pública nas cidades e nos estados. Por isso eu assumi o compromisso de mudar a Constituição, se o crime age de forma organizada, nós precisamos agir de forma organizada, não dá para o estado agir de uma forma e o governo federal de outra. Na Copa montamos uma estrutura de segurança em comum com os estados, criamos 12 centros de comando e controle e a polícia militar do estado, a polícia civil, polícia federal, a polícia rodoviária federal e o apoio das Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica trabalharam em conjunto. É isso que nós estamos encaminhando para o Legislativo, para mudar a lei, para garantir que a União possa trabalhar junto com o estados, respeitando a autonomia dos estados e respeitando também a linha de comando das diferentes instituições", explicou.
Dilma garantiu aos taxistas que se for reeleita, o tarifaço não vai existir. "Nós somos contra ao tarifaço, tem gente querendo que a gente atrele o preço da gasolina e do diesel ao preço do petróleo no mercado internacional. Ou seja, em vez do Brasil definir o preço da gasolina e do diesel, quem definiria seria o mercado internacional.Se houver qualquer briga dos EUA com algum país do Oriente Médio, o preço sobe, se a Ucrânia e a Rússia brigarem por qualquer motivo, o preço sobe. Então não é correto isso. Não é correto para o taxista, não é correto para a pessoa que paga o seu carro e coloca gasolina. Não é correto pra quem coloca diesel e transporta os produtos do país na estrada, então outro compromisso que eu assumo aqui com vocês, não vai haver tarifaço. Pode haver aumento da gasolina, isso é uma coisa. Outra coisa é dar tarifaço de 40% a 50%, como alguns pretendem", avisou.
Com as mudanças dos últimos 12 anos do governo, hoje as pessoas conseguem pagar por uma corrida de táxi. "Uma das coisas que mais deixa clara essa mudança, é a quantidade de gente hoje que pode tomar táxi e que antes não podia. E quem trabalha com táxi no aeroporto, sabe da quantidade de gente que hoje viaja de avião e que antes nunca viajou. Isso é por conta de emprego e salário na veia, é isso que faz diferença nesse país, é o fato também que nós temos uma geração de crianças que não passou fome, que teve acesso a escola, isso também é importante, por que quantos filhos de taxistas hoje, são doutores?", disse para todos os taxistas presentes.
Além dos avanços, a presidenta lembrou que ainda há desafios e o principal dele é a questão do trânsito e transporte coletivo, principalmente, em cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. "É importante para todos nós, que as pessoas guardem seu carro em casa, usem seu carro para passeio.Isso vai aumentar muito a demanda por táxi, e também é importante que tenha transporte público de qualidade, porque ainda tem muita gente que consegue pagar uma vez ou outra o táxi, mas não dá pra pagar todo dia", ressaltou.
Dilma fez questão de demonstrar o seu carinho pelos taxistas e dizer que eles podem contar com ela para o que der e vier."Várias vezes tive ao longo da minha vida uma cumplicidade com os taxistas, quando a gente mora em algum lugar há muito tempo, a gente já conhece os taxistas do ponto de táxi, então eles te ajudam. Eles me ajudaram a levar a minha filha no colégio, quando o ônibus não passava. Me ajudaram muitas vezes, buscando remédio na farmácia naquela hora que criança fica doente, aquela hora mais imprópria, geralmente, de madrugada. Me ajudaram sempre quando eu tinha que chegar a algum lugar mais rápido. Então, contem comigo pro que der e vier", encerrou o encontro sob muitos aplausos.
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