No primeiro semestre de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará apresentou expansão de 3,5%, número superior à média nacional, de apenas 0,5%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Na indústria, a redução de -1,3% ocorreu em ritmo próximo à média do país, ocasionada, em especial, pelas quedas apresentadas pelas indústrias de setores da construção (-1,0%) e transformação (-2,1%). As informações são do Panorama Industrial, publicação semestral do Instituto de Desenvolvimento do Estado do Ceará (INDI), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), divulgada nesta terça-feira (23/9).
O estudo mostra que a indústria cearense não conseguiu distanciar-se da crise apresentada pelo setor no país, apresentando queda em seus principais indicadores, comportamento que não ocorria desde 2011. O elevado pessimismo em relação à economia e à indústria brasileira evidencia a necessidade de aprofundamento de ações voltadas à redução do Custo Brasil e de estímulos à maior inserção internacional e à inovação. Em relação às condições atuais, o índice de confiança do empresário industrial (ICEI) é 43,3 no Ceará contra 38,4 no Brasil (o ICEI varia de 0 a 100; valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes em relação às condições atuais da sua empresa, da economia cearense e brasileira, bem como às expectativas sobre sua empresa, economia cearense e brasileira).
A produção física industrial cearense acumulou queda de -1,5%, contra -2,6% da média brasileira. O resultado é explicado pela retração no segundo trimestre, em que os feriados decorrentes da Copa do Mundo reduziram o número de dias úteis. O melhor resultado do primeiro semestre foi do setor de petróleo, derivados e álcool, com alta de 18,1% em relação ao mesmo período em 2013 no Ceará e 2,1% no Brasil. A indústria têxtil cearense apresentou queda de -22,5% em relação ao mesmo período de 2013 e, no país, também queda de -7,2%.
No comércio exterior, o Ceará apresentou queda nas importações e elevação das exportações. Entretanto, a expansão nas vendas para o exterior ocorreu devido à comercialização de óleos combustíveis, operações de transbordo da Petrobras com produtos oriundos de outros estados, o que não ocorreu com esta intensidade em anos anteriores. Entre os demais produtos da pauta de exportação, o Ceará acumula queda de 10,3% no semestre.
O crescimento do faturamento e do ICMS arrecadado na indústria indica tendência de recuperação da produção industrial no segundo semestre, caso se confirme a diminuição do excesso de estoques de produtos finais. Da mesma forma, as expectativas dos empresários são positivas para a demanda por produtos e por insumos.
Outras informações com o INDI (85) 3421.5491.
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