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terça-feira, 16 de setembro de 2014

OS EFEITOS DA ESTIAGEM SOBRE A CULTURA DO CAJUEIRO

 

Cruz. Após três anos consecutivos de escassez de chuvas no Município de Cruz, a falta de água tem trazido consequências desastrosas para a economia do município, principalmente, para a cultura do cajueiro, principal atividade econômica.

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Açude da Prata – CE - 085

O lençol freático está muito baixo, além de apresentar uma água com alto teor de sais tornando-a impropria para o consumo humano e animal.

As comunidades que não contam com sistema de abastecimento de água sofrem com a falta do precioso líquido e algumas são abastecidas por carros pipas.

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Açude da Prata – Cruz/CE

Vários projetos de abastecimento de água para as comunidades rurais bem como cisternas de plástico ainda não foram liberados.

As lagoas do município estão quase todas secas ou com pouca água. Os maiores reservatórios do município como a Lagoa de Jijoca e o Açude da prata encontram-se em situação preocupante, pois, resta pouca água e o nível de suas águas estão baixando de forma assustadora. O Açude da Prata está com o nível das águas tão baixo que descobriu troncos de árvores que não se via há mais de 30 anos.

A produção do caju este ano é uma das menores dos últimos trinta anos. A floração foi muito pouca e a produção de caju quase não existe. Ao percorrer a zona rural verifica-se que as flores dos cajueiros secaram e quase não se vê caju e os poucos que vingaram são muito pequenos e rachados. Muitos cajueiros já recuperaram a folhagem, mesmo sem ter havido produção de caju. As indústrias de beneficiamento do caju estão pagam a R$ 8,00 a caixa de 20 Kg, mas, não há o produto.

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Cajueiros – Cruz/CE

A alta temperatura e a baixa umidade do ar e o solo seco tem sido os responsáveis pela queima das flores dos cajueiros impedindo que ocorra a germinação dos frutos.

Em 2012, foram registrados 410mm de chuvas e o lençol freático subiu 4,5m. Em 2013, foram registrados 585 mm de chuva no município, mas, o lençol freático só subiu 1,5m e em 2014, choveu 600mm e o lençol freático somente subiu 0,50m e já baixou.

Andar pelos campos entre meio dia e três horas da tarde é quase impossível devido as altas temperaturas e o ar seco que provoca irritação na garganta e tosse. Mas, pela madrugada, até ao amanhecer, há muito frio na região contrastando com o intenso calor do meio dia. Há dias em que os campos ficam encoberto de névoas.

Os fortes ventos vindos do mar não são suficientes para abrandar o calor abrasador que fazem as águas evaporarem com uma velocidade nunca visto.

Dr. Lima

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