Seg, 04 de Agosto de 2014 19:17
Escrito por PT Senado
Relator da CPI da Petrobras quer realização de sindicância e garante, em nota, que “não se reuniu e nem orientou o depoimento dos investigados”
Pimentel: perguntas foram feitas de acordo
com o plano de trabalho
O senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI da Petrobras, é um dos alvos da reportagem de capa da revista Veja desta semana. A matéria acusa que os depoentes convocados para a comissão parlamentar de inquérito recebem as perguntas com antecedência. Como vem sendo divulgado desde o último sábado (02), a reportagem está montada sobre um vídeo clandestino de 2m41s, no qual três funcionários da Petrobras comentam depoimentos dos convocados. A conclusão e as ilações da revista prejulgam e condenam vários senadores, entre eles o próprio José Pimentel.
Mas, garante o senador na nota distribuída na tarde desta segunda-feira, as denúncias não têm fundamento. Por isso, ele pede o “esclarecimento dos fatos”. Conforme o disposto no Regimento Interno do Senado Federal, o senador pede a realização de uma sindicância para que, se for o caso, seja aberto um processo administrativo de irregularidade que apure a “ilicitude, no dizer da matéria, na oferta prévia, por parte de servidores lotados na liderança do PT no Senado Federal, de perguntas que seriam feitas pelos membros desta CPI aos investigados”.
Em um segundo requerimento, o senador pede para o presidente da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que solicite ao diretor de Redação da revista, Eurípedes Alcântara, “sob o compromisso de preservação do sigilo”, a cópia integral do vídeo que ensejou a publicação da reportagem A Grande Farsa, “a fim de instruir sindicância, visando à verificação de irregularidade apontada na reportagem em referência”.
Leia abaixo o texto, na íntegra, da nota do senador; em seguida, o fac-simile dos requerimentos protocolados na tarde desta segunda-feira:
Nota sobre matéria da Revista Veja
Diante da matéria publicada pela revista Veja (edição de 6/8/2014), a qual levanta suspeita sobre o funcionamento da CPI da Petrobras, é preciso esclarecer o seguinte:
1) O Plano de Trabalho da CPI da Petrobras, aprovado, por unanimidade, em 14/5/2014, contém uma relação de perguntas a serem respondidas pelos depoentes em suas oitivas.
2) O relator não se reuniu e nem orientou o depoimento dos investigados.
3) As perguntas a cada depoente foram formuladas com base: a) no Plano de Trabalho aprovado; b) no denso material resultante da participação dos executivos da Petrobras em recentes audiências públicas, realizadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, dando prioridade a perguntas formuladas pela oposição nessas audiências; c) na Tomada de Contas Especial do TCU (inclusive Acórdãos) e em documentos da CGU; e d) nas denúncias publicadas pelos diversos veículos de imprensa e internet.
4) Na tarde desta segunda-feira, o relator José Pimentel protocolou dois requerimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito. O primeiro, solicita a instalação de procedimento de apuração, visando o esclarecimento dos fatos e, se for o caso, atribuir responsabilidades. O segundo, solicita ao presidente que requeira à revista Veja a íntegra do vídeo que deu origem à matéria, sob o compromisso de preservação do sigilo. O objetivo é contribuir com o trabalho da comissão de apuração.
5) A instalação dos procedimentos acima são fundamentais para o desenvolvimento da CPI, que tem um trabalho técnico e relevante a apresentar à nação.
Veja a íntegra dos requerimentos apresentados pelo senador Pimentel
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