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sábado, 23 de agosto de 2014

Contra denuncismo, Dilma lembra P-36 e Repsol

 

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A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), saiu nesta quinta-feira, 21, em defesa da presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre a notícia de que ela doou dois imóveis a parentes após a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos; Dilma disse que Graça "respondeu perfeitamente" sobre a questão em uma nota oficial; presidente lembrou do afundamento da plataforma P-36 e da polêmica com a empresa Repsol, durante o governo de FHC; "Por que ninguém investigou o afundamento da maior plataforma de petróleo que custava US$ 1,5 bilhão a preços atuais? Por que ninguém investiga a troca de ativos feitos entre a Repsol?"

21 de Agosto de 2014 às 22:23

247 - Em visita a Floresta e Cabrobó, em Pernambuco, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), saiu em defesa da presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre a notícia de que ela doou dois imóveis a parentes após a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Questionada sobre a transação envolvendo a presidenta da Petrobras, Dilma disse que Graça "respondeu perfeitamente" sobre a questão em uma nota oficial. "Eu repudio completamente a tentativa de fazer com que a Graça Foster se torne uma pessoa que não possa exercer a presidência da Petrobras", disse. Segundo Dilma, a estatal será sempre defendida por seus ministros e por ela. "É dever de qualquer ministro do governo defender a Petrobras, posto que ela é não só controlada pela União, mas uma das empresas mais importantes do país".

Nessa quarta-feira (20), a Petrobras refutou "veementemente" qualquer movimentação de Graça Foster com o intuito de burlar a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de declarar indisponibilidade de bens de gestores da empresa.

Dilma criticou o que chamou de uso da Petrobras como "arma política" em período eleitoral e atacou indiretamente o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) ao dizer que problemas ocorridos com a estatal nos mandatos do tucano não foram investigados.

"Eu lamento profundamente a tentativa, a cada eleição, de se fazer primeiro uma CPI da Petrobras e, segundo, de criar esse tipo de problema. Eu me pergunto: por que ninguém investigou o afundamento da maior plataforma de petróleo [P-36 em 2001]? Que custava 1,5 bilhão de dólares. Por que ninguém investiga a troca de ativos feitos entre a Repsol?", questionou Dilma.

A plataforma P-36 da Petrobras afundou no dia 20 de março de 2001, durante governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, com cerca de 1500 toneladas de óleo ainda a bordo. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), acidente foi causado por "não-conformidades quanto a procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto".

A transação entre a Petrobras e a hispano-argentina Repsol YPF, em 2002, foi um acordo pelo qual a estatal brasileira recebeu 100% da refinaria de Bahía Blanca, na Argentina, e 744 postos de combustíveis naquele país. Em troca, a Repsol ficou com 30% de participação na Refinaria Alberto Pasqualini (RS), 15% da refinaria de Albacora Leste, na bacia de Campos (RJ), e 350 postos em sete Estados.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/150921/Contra-denuncismo-Dilma-lembra-P-36-e-Repsol.htm

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