Em artigo anterior, já havia esclarecido que devemos ter cuidado ao escolher o nosso mestre, pois o mundo está infestado de falsos profetas, e, assim como proliferam igrejas das mais variadas denominações, também proliferam errôneos ensinamentos (1 João 4.1). A questão que se impõe, no momento, é: como ter certeza da existência da nossa comunicação com Deus na modernidade, diante de tantas enganações?
Ora, temos conhecimento que o Criador se comunica conosco através das Escrituras, a Bíblia, única Palavra de Deus. Na segunda carta a Timóteo, capítulo 3, versículos 16 e 17, está escrito: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, redarguir, corrigir, instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (grifo meu).
É certo que existem na Bíblia inúmeros registros em que Deus falou diretamente às pessoas, como em Êxodo 3.14, quando se apresenta a Moisés; e também em Jeremias 1.7, quando o envia a profetizar. Entretanto, isso pode não acontecer conosco, o que em absoluto significa que Ele não deseja se comunicar com toda pessoa. A Bíblia diz em Isaías 55.11 que a palavra saída da boca de Deus não volta vazia; antes faz o que Lhe apraz e prospera naquilo para que Ele a envia.
Obviamente temos conhecimento de que o Senhor nos instrui em tudo o que devemos saber para que sejamos salvos. Podemos ler na segunda carta de Pedro, em seu capítulo primeiro, versículos 3 e 4: “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.”
Sim, Deus nos faz inúmeras promessas. Ele promete não nos desamparar (Dt 31.6); ajudar na nossa conversão (Ez 36.26-27); dar-nos a salvação (Jo 3.16-17); e a vida eterna (Jo 6.51). Também nos promete alívio nas aflições (Mt 11.28-30); sentido para nossa vida (Jo 8.12); e nunca nos abandonar (Mt 28.20). Mas, para que isso seja realidade em nossa vida é preciso que creiamos em Deus e em suas promessas. É necessário que nos dediquemos ao estudo da Palavra para que possamos aprender cada vez mais o que Ele tem reservado para aqueles que creem e seguem os seus estatutos.
Nossa consciência também pode ser instrumento na comunicação de Deus para conosco. Na primeira carta a Timóteo, em seu capítulo 1, versículo 5, está escrito: “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.” Deus ainda pode atuar renovando a nossa mente. Em Romanos 12.2 lemos: “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
Finalizando, também os acontecimentos e impressões, assim como os pensamentos, podem ser utilizados por Deus para se comunicar conosco. Muitas vezes, Ele permite que aconteçam coisas em nossa vida com o intuito de nos ensinar, guiar e instruir no melhor caminho (1 Pe 1.6-7). A forma mais segura de se comunicar com o Senhor, no entanto, ainda é buscar suas orientações na Bíblia Sagrada, Palavra de Deus, inspirada por Ele no passado e, bem presente e atual, atravessando os séculos.
Maria Regina Canhos (e.mail:mariaregina.canhos@gmail.com) é escritora.
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