Em pronunciamento na tribuna da Câmara, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) não poupou ontem críticas ao “silêncio” da mídia brasileira sobre denúncias a respeito da vigilância ilegal promovida por órgãos de segurança dos Estados Unidos tanto em território norte-americano como em outros países.
“Estranho o silêncio da imprensa brasileira, que sempre acusa Venezuela, Argentina ou Cuba de procedimentos autoritários, quanto ao que nós assistimos em relação à denúncia de ex-agente da CIA sobre o monitoramento de ligações telefônicas da vida privada”, disse.
O deputado se referiu a Edward Snowden, ex-agente da NSA [Agência Nacional de Segurança, na sigla em inglês] que revelou ao jornal inglês The Guardian a prática corrente, por parte dos EUA, de monitorar ligações telefônicas, e-mails e outros tipos de meios de comunicação utilizados por milhões de pessoas em todo o mundo.
Ferro atacou o que chama de “volta da censura e do autoritarismo” e afirmou, ainda, que a mídia brasileira é submissa. “Cobro da imprensa o mesmo rigor que tem com os outros países. Isso é uma submissão, um neocolonialismo típico da imprensa nacional”, disparou.
O petista lembrou que o fundador do WikiLeaks, Julian Assenge, está sendo perseguido pelos EUA por ter revelado telegramas secretos nos quais é denunciada a diplomacia deste país por crimes e barbaridades cometidas em nome da “liberdade e da democracia”. O parlamentar citou também o caso de jornalistas da Associated Press que foram recentemente grampeados pelo governo Obama.
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