Embora tardiamente, esse ilustre magistrado tomou uma decisão que há muito tempo era esperada por milhões de brasileiros. Principalmente por aqueles que têm o bom senso de repudiar a ação de juristas a serviço da criminalidade, de modo especial nos casos em que a culpabilidade do investigado é praticamente certa.
Eis aí um imperdível exemplo para a classe dos advogados, com destinação preferencial aos que fazem ponto em porta de delegacias. Atualmente, essa nociva fatia de profissionais do Direito vem prestando um enorme desserviço à sociedade e à categoria e são encontrados aos montões em todos os municípios do País.
Cachoeira é acusado de liderar esquema de jogos ilegais e foi preso em fevereiro deste ano pela Polícia Federal, durante as investigações da Operação Monte Carlo. Nessa segunda-feira, a noiva do contraventor, Andressa Mendonça, foi detida acusada de tentar chantagear o juiz federal responsável pelo julgamento do processo que envolve Cachoeira na Justiça de Goiás.
Ao jornal Folha de S.Paulo, uma das advogadas integrantes da equipe, Dora Cavalcanti, afirmou que o acordo era participar da defesa até a audiência da semana passada. Na ocasião, o contraventor se recusou a responder as perguntas do juiz Alderico dos Santos. Durante o seu depoimento, usou o tempo de defesa para fazer declarações de amor a Andressa Mendonça, que acompanhava o depoimento na primeira fileira.
Durante o tempo em que comandou a defesa, Márcio Thomaz Bastos fez repetidos pedidos para libertar o contraventor e tentou anular as provas obtidas contra o cliente. O advogado também o acompanhou na ida à CPI que investiga as relações do grupo do contraventor com agentes públicos. Na ocasião, Cachoeira também ficou em silêncio. (Estadão)
Do Blog do Artemísio da Costa
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