BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal anunciou nesta quarta-feira um corte de 50 bilhões de reais no Orçamento da União de 2011 --confirmando as expectativas do mercado-- e realçou a importância das medidas para ajudar a desacelerar a economia e consolidar as contas fiscais.
"Hoje (a economia) está com a demanda forte e nós estamos retirando esses incentivos do Orçamento de 2011 que são os gastos que ajudaram a estimular demanda", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, salientando que o ajuste vai atingir todos os ministérios, mas deixar de fora os investimentos do PAC e os programa sociais.
Segundo o ministro, essa redução de gastos permite o reajuste do salário mínimo para 545 reais proposto pelo governo.
A redução de gastos também permitirá, disse o ministro, que o governo alcance a meta de superávit primário prevista para este ano na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
"A consolidação se dá para manter a solidez fiscal. Ela vai se traduzir na redução do déficit nominal", disse Mantega.
Assim, disse o ministro, a economia poderá continuar crescendo de forma sustentável, superando pressões inflacionárias e eventuais desajustes nas contas públicas.
"(O ajuste) é para garantir que o crescimento sustentado tenha continuidade", afirmou. "Não vamos permitir que a inflação supere os limites da meta estabelecida."
O centro da meta de inflação deste ano é de 4,5 por cento, mas ela tem uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais. No ano passado, a inflação medida pelo IPCA, que serve de baliza para a meta, foi de 5,91 por cento.
(Reportagem de Isabel Versiani, Leonardo Goy e Ana Nicolaci da Costa)
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