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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Diretor da PRF atinge marca histórica de 1 milhão de acidentes!



O atual Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, Hélio Cardoso Derenne, completou ontem, dia 3 de fevereiro, a marca histórica de um milhão de acidentes à frente da instituição.



Desde a sua posse do atual Diretor, dia 16 de abril de 2003 até ontem (03) a PRF contabilizou 1.000.729 acidentes, com 52.183 mortes e 579.153 feridos. Os números impressionam não somente pela sua magnitude, mas por serem frutos de uma das mais antigas administrações no governo federal, que conta com mais de 91% (noventa e um por cento) de rejeição do efetivo, segundo pesquisa realizada pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais.



Além disso, outro fato aterrorizador é que o número de pessoas mortas em acidentes de trânsito subiu de 7.029 em 2009 para 8.285 em 2010, um aumento de aproximadamente 18% somente em um ano, indo na contramão, por exemplo, das diretrizes mundiais estabelecida pela ONU, através da OMS (Organização Internacional de Saúde), que definiu a atual década como de ações para redução das mortes no trânsito, com meta de 50% de redução nas mortes entre 2010 e 2020. Esses números brutos só demonstram a incapacidade de gerir uma instituição que tem como finalidade mais básica salvar vidas.



Tamanha é insatisfação da categoria policial que todos os sindicatos e a Federação da PRF vêm pedindo a substituição do Dirigente. Porém, até agora, o atual Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, não se sensibilizou.



Ainda, um estudo realizado pelo sistema sindical da PRF apontou que somente no período de 2005 para 2010, o prejuízo para a sociedade subiu de R$ 6,5 bilhões para mais de R$ 10,4 bilhões, usando como parâmetro um estudo do IPEA[1] (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre os custos dos acidentes nas rodovias federais, conforme gráfico abaixo:


O custo foi calculado com base no estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa



Econômica Aplicada) com dados referentes ao ano de 2005, sem aplicar a correção monetária do período.



Recentemente a Direção-Geral da PRF apresentou um relatório de sua gestão e, diante desses números, ontem foi protocolado um amplo Contra-Relatório do Sistema Sindical, no Ministério da Justiça, apontando os diversos problemas enfrentados pela Polícia Rodoviária Federal em todo o Brasil, para que o novo Ministro tome conhecimento da situação que assola a instituição. Este documento será divulgado a toda a sociedade nos próximos dias.



Entre os motivos, estão a falta de uma gestão que não leve a um engrandecimento da instituição e da segurança pública, que permitiu o sucateamento dos recursos materiais e humanos, o desperdício do dinheiro público, as péssimas condições de trabalho e a conseqüente desmotivação dos servidores em uma gestão que já perdura por quase oito anos.



Dessa forma, o sistema sindical da Polícia Rodoviária Federal pede a substituição da atual Administração Central, sem indicação dos sucessores, sendo este o desejo de mais de 91% dos Policiais Rodoviários Federais de todo o País, devendo a escolha contar com a participação da categoria e pautada por critérios técnicos e não políticos.



A própria FenaPRF, juntamente com mais de 11 Estados e o Distrito Federal, já aprovaram o ESTADO DE ALERTA da categoria com um calendário de mobilizações, que vão desde paralisações pontuais, chamado ROD zero, até a greve da categoria, prevista para antes do carnaval. Além disso, foi criado um site específico para a mobilização, chamado NOVAPRF: http://www.novaprf.com.br/



Segundo levantamento dos sindicados, o efetivo da corporação é menor do que há 15 anos e o atual concurso encontra-se trancado devido a fraudes no processo seletivo, que teve um mau gerenciamento desde o início, sendo este mais um dos motivos que levam a profundo descontentamento da categoria.



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Luzia Dantas



Diretoria de Divulgação-SINDPRF-CE



Contato: 85 87870220



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