Criticado por Jair Bolsonaro, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que o presidente é "movido por ódio e preconceito"; "Não tenho medo de cara feia, de grito, não tenho medo de nada disso. Não tenho medo de ditador, de subditador, de projeto de ditador", acrescentou
O governador do Maranhão, Flávio Dino
247 - Criticado pelo presidente Jair Bolsonaro, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que seguirá defendendo o estado. O chefe do Executivo maranhense destacou que até mesmo na ditadura militar os governadores estaduais eram tratados com respeito.
"Não é a opinião isolada do presidente da República, movido por ódio e preconceito, que vai afetar minha atuação. Não tenho medo de cara feia, de grito, não tenho medo de nada disso. Não tenho medo de ditador, de subditador, de projeto de ditador. Então, vou manter a minha atitude sempre respeitosa, sempre no plano político e ideológico, como faço, nunca no plano pessoal", disse Dino na entrevista à jornalista Giovana Kury, divulgada neste domingo (21), no site O Imparcial.
Na sexta-feira (19),Bolsonaro atacou o governador antes de iniciar uma coletiva de imprensa com jornalistas na manhã desta sexta-feira 19. "O pior governador é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara", disse Bolsonaro ao ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, e vazada no vídeo da transmissão.
O governador ainda afirmou ter ficado surpreso com a declaração de Bolsonaro, mas que não se abalou e "dormiu tranquilo".
"Recebi com espanto esse nível de ódio e agressividade. De um lado, é algo incompatível com a Constituição e com o princípio federativo; de outro, constitui uma ruptura unilateral, por parte dele, do clima respeitoso que sempre houve no Brasil. Mesmo na ditadura militar, se lembrarmos do último presidente, João Figueiredo, ele conviveu com Leonel Brizola, Franco Montoro, Tancredo Neves, Zé Richa, entre outros governadores, que eram de partidos de oposição", acrescentou.
O governador afirmou estar pronto para colaborar com o governo federal no que tange a atuação em benefício da população do Maranhão com base no federalismo. "É meu dever defender o estado para que o Governo Federal respeite o Maranhão e respeite o Nordeste", complementa.
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