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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Petrobras anuncia novo poço de petróleo, dados confirmam potencialidade

 

 

 

 

 

 

 

 

A Petrobras anunciou ontem a existência de petróleo de boa qualidade no poço Florim, no pré-sal da Bacia de Santos – litoral de São Paulo. Esse é o sexto poço descoberto pela companhia após a assinatura do contrato de cessão onerosa, assinado com o governo como parte do processo de capitalização da estatal. Após a perfuração ser concluída, será feito um teste de formação para avaliar a produtividade dos reservatórios. A fase exploratória deve se estender até setembro de 2014, quando poderá ser declarada a comercialidade da área.

Na avaliação do deputado Luiz Alberto (PT-BA), que é petroleiro aposentado, a descoberta de mais um poço de petróleo demonstra que o pré-sal “não é um mito, que essa riqueza existe e que a Petrobras tem tecnologia para se manter no controle da exploração”. De acordo com o deputado, a descoberta confirma também o acerto das políticas adotadas pelo governo do PT, com Lula e Dilma, para recuperação da estatal.

Luiz Alberto lembra que na gestão de Fernando Henrique Cardoso foram criadas armadilhas para fatiar e desarticular a Petrobras, com o intuito de permitir a sua privatização. “O governo Lula desmontou essas armadilhas e criou as condições para a exploração do pré-sal”, afirmou. O deputado enfatizou que foi o governo do PT que optou pelo fortalecimento da indústria do petróleo, pela construção de plataformas no País e pela ampliação das refinarias brasileiras. “Essas políticas permitiram à Petrobras ser o que a estatal é hoje: uma das maiores empresas do mundo”, afirmou.

Dados – O deputado Luiz Alberto aproveitou para rebater a oposição que, “sem discurso, utiliza a mídia para criticar a Petrobras”. Ele citou dados técnicos e estatísticas para desfazer os argumentos de que a estatal teve prejuízo no ano passado. “É verdade que o lucro líquido de 2012 foi inferior ao lucro de 2011, mas o resultado não foi negativo e ele ainda foi maior do que os lucros do período do governo FHC”, disse.

Luiz Alberto citou as principais razões para que o lucro líquido da estatal em 2012, de R$ 21,2 bilhões, tenha sido inferior ao lucro líquido de R$ 33,3 bilhões em 2011:

1– Depreciação cambial de 17 % (1,67 R$/US$ para 1,95 R$/US$): impacta especialmente o resultado financeiro, visto que cerca de 70 % da dívida da companhia está atrelada ao dólar. Além disso, afeta os custos operacionais, função do impacto imediato nos royalties, nas participações governamentais e nos preços do mercado internacional.

2– Baixas de poços secos/subcomerciais: decorreu das atividades exploratórias, principalmente entre 2009 e 2012, em áreas de novas fronteiras, onde os poços custam mais caro. Não está associado necessariamente ao número de poços baixados (96 em 2010, 81 em 2011 e 97 em 2012). Destaca-se que o índice de sucesso exploratório subiu de 59% em 2011 para 64% em 2012 (no pré-sal foi de 82%).

3 – Redução da margem de derivados: o crescimento de 8% no volume de vendas no mercado interno foi suportado em grande parte por importações. Ocorreram dois importantes reajustes de preço em 2012 (10,2% no diesel e 7,83% na gasolina), porém não foram suficientes para compensar o aumento dos preços internacionais afetados pela depreciação cambial. O preço do barril de petróleo aumentou 17% em Reais.

4 – Produção de petróleo no Brasil: embora dentro da meta estabelecida no PNG 2012-2016, foi de 1.980 mil bpd no Brasil, 2% inferior à de 2011, o que impactou as receitas de exportação de petróleo.

O deputado Luiz Alberto conclui afirmando que a redução do lucro não foi resultado de uma má gestão da presidência e das diretorias da Petrobrás. “Foi uma política do governo para não permitir que o preço internacional do petróleo impactasse a economia brasileira”. Ele acredita que a empresa voltará a ter lucros maiores em 2013, embora alerte que, no primeiro semestre deste ano, a produção de petróleo será menor em decorrência do programa de manutenção das plataformas. “A produção, no entanto, será acelerada no segundo semestre com a entrada de novas plataformas em operação”.

Fonte: Liderança do PT na Câmara

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