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sábado, 16 de fevereiro de 2013

O DRAMA DA FALTA D’ÁGUA NA COMUNIDADE DO PREÁ

 

Cruz. “Lata d’água na cabeça/ Lá vai Maria/Lá vai Maria.

Sobe o moro e não se cansa/Pela mão leva a criança/Lá vai Maria”.

Esta composição carnavalesca de Luiz Antônio e Jota Jr. retrata muito bem a realidade vivida pelas Marias do Preá. Uma comunidade do Litoral Oeste Cearense situada no município de Cruz à 300 Km de Fortaleza. Uma bonita praia que fica incluída dentro da Rota das Emoções.

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Há mais de 15 anos, que parte da comunidade é abastecida através de um pequeno sistema da água comunitário, que foi projetado inicialmente, para atender a 200 famílias. A comunidade cresceu e, hoje, já são mais de 1.500 famílias que moram na Praia do Preá, sendo que menos de 1.000 estão sendo contempladas com o abastecimento d’água, além de pousadas e restaurantes. Como o sistema não é capaz de atender a todas as famílias que estão ligadas ao mesmo, falta água a todo o instante. Nos períodos de alta estação, como por exemplo, Natal, Carnaval e Feriados Prolongados, quando aumenta a população de visitantes, a situação é ainda mais gritante. As cacimbas já secaram com o longo período de estiagem, o que agrava mais ainda a situação. Há dias em que não se tem água nem para beber. Onde tem uma cacimba com água a procura é grande pelo um balde de água. A incompetência das administrações do sistema tem contribuído para agravar a situação, além da politicagem que impediu que fosse feita uma ampliação do sistema de abastecimento. Cada dia a situação é mais grave.

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Agora, surge outro problema, toda vez que as bombas são ligadas, falta energia elétrica por causa da sobrecarga na rede. A COELCE já transferiu a ligação do sistema para outro transformador, mas o problema persiste. Há suspeita de que haja defeito no sistema elétrico que já é velho e não passa por uma manutenção adequada. Os comerciantes reclamam da constante falta de energia que causa prejuízos por causa dos produtos congelados. As escolas do turno noturno também são prejudicadas com as constantes faltas de energia obrigando aos professores a suspenderem as aulas. A população é obrigada e recorrer à água mineral até para tomar banho. Um tambor de 20 Litros custa R$ 6,00.

As donas de casa indignadas reclamam da falta d’água, pois não conseguem lavar roupa e a louça fica suja até que pingue um pouco de água na torneira, mas que logo desaparece.

Dr. Lima

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