Jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço, critica o espaço dado pelo jornal O Globo, dos irmãos Marinho, para que Paulo Roberto Costa pontifique sobre a política industrial brasileira, que favorece a construção de sondas e plataformas no País; "Só num país onde a imprensa se acanalhou um bandido como o senhor tem espaços nos jornais para deitar regras sobre o que seria uma decisão 'técnica'. O senhor é um ladrão, e ainda haverá quem lhe diga isso com todas as letras", diz Fernando Brito; Globo tenta inviabilizar a política de conteúdo nacional da Petrobras
13 de Fevereiro de 2015 às 14:30
As razões de um canalha contra o Brasil
Por Fernando Brito, do Tijolaço
O Globo oferece espaço ao ladrão Paulo Roberto Costa, hoje, para atacar a decisão da Petrobras de construir navios e sondas de petróleo no Brasil.
Diz ele que a decisão foi “política”, não técnica.
É claro que foi: foi uma decisão de política industrial que privilegia a produção nacional, o emprego nacional e a capacidade tecnológica nacional.
Ou seja, que privilegia o Brasil.
Pode ter havido desvios em contratos? Pode e deve ser apurado.
Mas, da mesma forma, pode-se desviar – e até com mais facilidade, pois o dinheiro já está lá fora – na compra ou no afretamento destes equipamentos no exterior, se o contratante é um ladrão.
Diz o jornal:
“Em um dos depoimentos de sua delação premiada, divulgado na quinta-feira, Costa afirmou que a decisão de produzir navios para a Petrobras no Brasil “foi política e não técnica”, elevando os custos da estatal. Segundo ele, era muito mais barato e vantajoso encomendar de estaleiros da Coreia do Sul, por exemplo.”
Eu, particularmente, acho que teria sido “mais barato e vantajoso” ter mandado o senhor para a Coreia, mas a do Norte.
Mas, senhor ladrão, permita-me uma pergunta:
A sua decisão de roubar foi técnica ou política?
Assim como poderia ter saído mais barato comprar um navio lá fora, não teria sido mais barato fazer contratos como os que o senhor fez sem embutir a propina?
O senhor, senhor ladrão, ignora os milhares de encomendas, de empregos, de renda para os trabalhadores brasileiros que isso gerou – e gera ainda, apesar do que o senhor fez – e para suas famílias?
Porque a família dos operários não conta, se o senhor locupletou sua mulher, filhas e genros – todos perdoados no atacado pelo ínclito juiz Sérgio Moro – com o dinheiro proveniente de sua roubalheira?
Só num país onde a imprensa se acanalhou um bandido como o senhor tem espaços nos jornais para deitar regras sobre o que seria uma decisão “técnica”.
O senhor é um ladrão, e ainda haverá quem lhe diga isso com todas as letras e sem temor, porque este estigma está em sua testa, por mais que o fantasiem de “salvador do país” e “esperança dos honestos”.
Porque é ladrão e ladrão da pior espécie, o ladrão público, que o senhor é.
Por maiores que sejam seus arreglos com a Justiça e com a mídia, por mais que se acovardem os que devem enfrentá-lo, não há como tirar esta marca do senhor, nem em mil anos.
E em algum lugar há de haver gente capaz de chamá-lo assim, como o que o senhor é: ladrão.
Brasil 247
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