Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi enfático nesta quarta-feira, 11, ao rechaçar a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, defendida abertamente pela oposição no Congresso e por seus representantes na grande mídia; "Não vejo espaço para isso [pedido de impeachment da presidente]. Não concordo com esse tipo de discussão e não terá meu apoiamento", afirmou; tido como desafeto da presidente, Cunha reconheceu: "Existe uma diferença muito grande entre você ter qualquer tipo de divergência ou forma como atuar com independência. Mas o governo que aí está legitimamente eleito"
11 de Fevereiro de 2015 às 15:00
Brasília 247 - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), jogou nesta quarta-feira, 11, um balde água fria nos ânimos dos parlamentares da oposição que defendem eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Não vejo espaço para isso [pedido de impeachment da presidente]. Não concordo com esse tipo de discussão e não terá meu apoiamento", decretou Cunha. "Existe uma diferença muito grande entre você ter qualquer tipo de divergência ou forma como atuar com independência. Mas o governo que aí está legitimamente eleito. Não dá para você, no início do mandato, querer ter esse tipo de tratamento neste processo", afirmou.
Cunha autorizou a criação de uma CPI na Câmara para investigar o esquema de corrupção na Petrobrás. Após o recesso de Carnaval, o presidente da Casa disse que instalará a comissão e indicará nomes para compô-la, caso os partidos não façam isso.
"Quem não tiver indicado, eu vou indicar. Isso será uma prática normal aqui, a gente conceder os prazos e os partidos que não indicarem, nós vamos substituir, indicar e, depois, eles substituem, se assim entenderem", explicou o presidente.
Cunha disse ainda que o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), candidato derrotado na disputa pela liderança do PMDB na Câmara, ocupará o "principal posto" da CPI. Mas não disse se Luma ficaria com a presidência ou a relatoria da comissão.
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