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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O FRACASSO DE MARINA NO DESMATAMENTO

 

marina minc isabela

31 de agosto de 2014

por Paulo Moreira Leite

Dados comparativos questionam discurso de candidata no terreno ambiental

Confesso que não gostei quando Marina Silva insinuou que o Brasil não precisa de “gerentes” mas “estrategistas.” É óbvio que ela queria se colocar na posição de “estrategista”, supostamente mais elevada e relevante, colocando Dilma Rousseff na condição de “gerente.”

Achei esnobismo. Falta de humildade. O motivo você pode ver na comparação que mostra os números consolidados do desmatamento no Brasil. Olha o desempenho da “estrategista.”

Olhando ano a ano, você vai perceber o tempo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o tempo que Marina passou no Ministério do Meio Ambiente (2003-2007), o período de seu substituto Carlos Minc (2009-2010) e os anos de Izabela Teixeira, já no governo Dilma (1011-2013).

Os dados consolidados são estes.

A estrategista do meio ambiente Marina administrou, em média, 18 000 quilômetros quadrados de desmatamento. Com Carlos Minc, a média caiu para menos da metade: 7000. Com Izabela, encontra-se em 5560, menos de um terço do desempenho de Marina.

Sabe aquela conversa de que o adversário não “está preparado” para governar o país? Pensa “pequeno?” Olha “baixo”? Pois é.

Marina tenta alvejar Dilma com o mesmo preconceito que já foi jogado contra Lula — e também era usado contra ela, no tempo em que não recebia R$ 50 000 mensais por palestras, não era amiga de Neca Setúbal nem fazia “nova política” a bordo de jatinho sem dono conhecido nem prestação de contas.

Vamos combinar: você pode lembrar que Marina Silva criou inúmeros obstáculos à construção das usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte — e hoje adora dizer que precisamos de mais energia. Chegou a alegar — erradamente — que as obras poderiam ameaçar uma espécie de bagre do rio Madeira. Também pode lembrar que ela combateu a soja transgênica.

É claro que, para criar a fantasia da “nova política”, Marina precisa passar uma borracha no passado e tenta inventar uma novíssima candidata — que é a favor de energia elétrica e disse no Jornal Nacional que “nunca” foi contra transgênicos.

A menos que em sua fase “novíssima” ela decida revelar que “nunca” foi contra desmatamentos, este é um bom termômetro de avaliação, vamos combinar. Mesmo em seu terreno ela demonstrou mais blá-blá-blá do que competência.

Que falta faz um gerente, não?

http://paulomoreiraleite.com/2014/08/31/o-fracasso-de-marina-desmatamento/

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