Nos últimos anos Mossoró tem apresentado visíveis sinais de crescimento horizontal (ampliação e surgimento de bairros e loteamentos) e vertical (construção de edifícios), porém, grande parte da população continua excluída desse processo. É o que mostra dados atualizados do Cadastro Único do Governo Federal, que retrata a situação socioeconômica dos municípios brasileiros. Segundo o Cadastro Único, 25.081 famílias sobrevivem com renda per capita de até R$ 140,00 mensal em Mossoró, ou seja, a divisão da renda familiar pelos integrantes da família chega a, no máximo, R$ 140,00 por indivíduo. Também conforme o Cadastro Único, 30.575 famílias vivem com renda per capita de até meio salário mínimo, ou R$ 272,50. Criado em julho de 2001, o Cadastro Único tem por objetivo retratar a situação socioeconômica da população de todos os municípios brasileiros. Essa ferramenta mapeia e identifica as famílias de baixa renda e permite ao Governo Federal conhecer a principais necessidades das cidades brasileiras. Assim, as informações servem de subsídios ao poder público na formulação e implantação de serviços sociais para os municípios. A utilização do Cadastro Único pelas três esferas do Governo proporciona maior abrangência dos programas sociais, ajuda a identificar os potenciais beneficiários e evita a sobreposição de programas para uma mesma família. As informações do Cadastro Único mostram que milhares de famílias continuam na pobreza em Mossoró, apesar do crescimento dos últimos anos.
Mostra que a realidade de Mossoró não se resume aos edifícios em construção e às praças e ruas da área central da cidade revelam que a realidade é bem mais dura nos bairros periféricos, onde aumenta a massa desempregada, excluída do processo de crescimento de Mossoró. Trata-se de milhares de pessoas que, apesar das diversas oportunidades de emprego, não conseguem ser aproveitadas por falta de mão de obra qualificada. Inclusive, esse é um dos principais problemas de Mossoró, segundo especialistas. É o caso da construção civil, por exemplo. Novos empreendimentos imobiliários surgem a cada dia, mas boa parte da população mossoroense está excluída deste processo. É que o segmento continua a enfrentar o problema de anos atrás: falta de profissionais qualificados. Com a verticalização, o segmento passou a exigir mão de obra qualificada, porém, Mossoró não consegue suprir essa oferta devido à carência de mão de obra qualificada para, por exemplo, fazer o acabamento dos belos edifícios que estão sendo erguidos na cidade. O resultado é a "importação" de trabalhadores. Os dados do Cadastro Único, de que 25.081 famílias sobrevivem com renda per capita de até R$ 140,00 em Mossoró e 30.575 famílias vivem com per capita de até meio salário mínimo, revelam, portanto, a necessidade de políticas públicas que garantam inclusão social e reduzam os índices de pobreza em Mossoró.
Segunda maior cidade do RN, com cerca de 230 mil habitantes, a cidade de Mossoró se apoia nas tradições e num passado ilustrado de histórias que demonstram resistência, para espelhar um futuro promissor. Antecipou-se à libertação da escravatura em 1883, combateu o bando do cangaceiro Lampião em 13 de junho de 1927 e foi berço da primeira eleitora da América Latina, Celina Guimarães Viana.
Sal, petróleo e agroindústria são referenciais da economia de Mossoró.
A vocação industrial extrativista de Mossoró a coloca hoje no pódio como principal produtora de sal e de petróleo (em área terrestre do país). Contribui com 50% da produção salineira do país e mais de 3.500 poços de petróleo, produzindo 47 mil barris/dia, colocam o município como o segundo do país. O primeiro em terra. Mossoró tem ainda uma unidade fabril de cimento e o jornal O Mossoroense fundado em 17 de outubro de 1872, por Jeremias da Rocha Nogueira.
Dr. Lima
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