Páginas

quarta-feira, 14 de julho de 2010

População de Canindé comemora acesso à água potável

Imprópria para o consumo humano, muitas vezes a água salobra é a única alternativa para matar a sede no sertão. Em Canindé, onde a falta de água é natural e a maior parte da água disponível é salobra, uma tecnologia que retira os sais da água está ajudando a mudar essa realidade, tornando a água potável.

Na zona rural de Canindé, uma ficha de R$ 0,20 vale 20 litros de água potável. É assim em Jacurutu, área de assentados. Um equipamento conhecido por dessalinizador retira a água do poço profundo para ser filtrada e bombeada até o reservatório de dois mil litros, beneficiando 60 famílias. A fonte funciona das 7 às 8 horas. Todo o dinheiro arrecadado serve para pagar a energia, que gira em torno de R$ 25,00.

Segundo o responsável pela venda das fichas, José Luciano Sampaio Mariano, o equipamento funciona da seguinte maneira: a água salobra é bombeada para o dessalinizador. Passa por um sistema de pré-filtro, e segue para uma bomba de altíssima pressão. A água ganha força para passar pelas membranas, que impede a passagem de sais.

"Para você ter uma ideia, essa membrana tem capacidade de filtrar, reter uma partícula, como por exemplo, uma bactéria. Algo como 0,01 micra", explica José Luciano.

Como não é muito concentrada, a água salgada continua sendo utilizada na lavoura, nos afazeres domésticos e para os animais. Para o consumo das pessoas, agora só água filtrada. Dos 32 aparelhos instalados no Município, dez estão funcionando, o restante encontra-se em fase de implantação, porque as peças são caras. A manutenção é feita pelo técnico da Secretaria de Agricultura e Recursos Hídricos, José Nunes da Silva. (DN).

Nenhum comentário:

Postar um comentário