A vida de um estudante de 14 anos foi interrompida ontem, no cruzamento da Rua Beni de Carvalho com a Avenida Desembargador Moreira, no bairro Dionísio Torres, por um tiro disparado por um soldado do Ronda do Quarteirão. O adolescente Bruce Cristian de Oliveira Sousa estava na garupa da moto de placa NQR-8368-Maracanaú, pilotada pelo pai, o técnico em refrigeração Francisco das Chagas de Oliveira Sousa ,37.
O veículo trafegava na Rua Beni de Carvalho e fez a curva, à esquerda, na Avenida Desembargador Moreira, por volta das 16h40 de ontem. Naquela esquina, estava parada a viatura do Ronda do Quarteirão 1031. "Foi uma abordagem de rotina. Os policiais deram ordem para a moto parar porque havia dois homens em uma moto, usando capacetes, houve suspeita. Ocorreu um único disparo. O tiro, de pistola, foi efetuado pelo soldado Silveira, que estava na viatura", informou o major Valberto Melo, que esteve no local. Segundo ele, "a atuação foi desastrosa e infeliz". O pai de Bruce disse que obedeceu à ordem de parada dos policiais "porque não ouviu".
O ´único´ tiro disparado - e não explicado pela Polícia, ainda - ultrapassou o capacete e entrou na nuca do garoto, saindo no seu olho esquerdo. Bruce morreu na hora. Ambulâncias ainda chegaram ao local, em poucos minutos, mas não havia o que fazer.
A cena comovia a quem passasse pelo local: trânsito parado, o garoto morto no meio de uma imensa poça de sangue, o pai abraçado ao corpo do filho aos prantos, as ferramentas de trabalho do pai espalhadas pelo asfalto, junto com a moto. Tudo isso, na frente da Paróquia São Vicente de Paulo. Bruce era o filho mais de velho - de três - de Francisco das Chagas. Foi preciso que tios do garoto chegassem ao local para consolarem Francisco e convencê-lo a deixar que o rabecão da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) levasse o corpo do adolescente. Depois disso, sentado na calçada ainda em estado de choque, o pai recebeu o apoio de freiras da igreja.
O veículo trafegava na Rua Beni de Carvalho e fez a curva, à esquerda, na Avenida Desembargador Moreira, por volta das 16h40 de ontem. Naquela esquina, estava parada a viatura do Ronda do Quarteirão 1031. "Foi uma abordagem de rotina. Os policiais deram ordem para a moto parar porque havia dois homens em uma moto, usando capacetes, houve suspeita. Ocorreu um único disparo. O tiro, de pistola, foi efetuado pelo soldado Silveira, que estava na viatura", informou o major Valberto Melo, que esteve no local. Segundo ele, "a atuação foi desastrosa e infeliz". O pai de Bruce disse que obedeceu à ordem de parada dos policiais "porque não ouviu".
O ´único´ tiro disparado - e não explicado pela Polícia, ainda - ultrapassou o capacete e entrou na nuca do garoto, saindo no seu olho esquerdo. Bruce morreu na hora. Ambulâncias ainda chegaram ao local, em poucos minutos, mas não havia o que fazer.
A cena comovia a quem passasse pelo local: trânsito parado, o garoto morto no meio de uma imensa poça de sangue, o pai abraçado ao corpo do filho aos prantos, as ferramentas de trabalho do pai espalhadas pelo asfalto, junto com a moto. Tudo isso, na frente da Paróquia São Vicente de Paulo. Bruce era o filho mais de velho - de três - de Francisco das Chagas. Foi preciso que tios do garoto chegassem ao local para consolarem Francisco e convencê-lo a deixar que o rabecão da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) levasse o corpo do adolescente. Depois disso, sentado na calçada ainda em estado de choque, o pai recebeu o apoio de freiras da igreja.
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