Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel
Cerca de 3 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), participaram da festa do 1º de Maio Unificado no Vale do Anhangabau, centro paulistano. O evento foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). Durante todo o dia, o público pode ver shows.
Os presidentes das três centrais telefonaram, durante o evento, para a presidenta Dilma Rousseff e a cumprimentaram pelas medidas anunciadas ontem (30). Em pronunciamento em cadeia nacional de TV e rádio, Dilma anunciou a correção da tabela do Imposto de Renda e o aumento de 10% no valor do benefício do Bolsa Família.
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“Você mantém a política de valorização do salário mínimo e corrige a tabela do Imposto de Renda, é dinheiro para os trabalhadores para investir no desenvolvimento. Extremamente importante isso e faz parte das reivindicações que as centrais sindicais entregarão a ela [presidenta Dilma]”, ressaltou o presidente da CUT, Vagner Morais. Mais cedo, no ato, convocado pela Força Sindical, a correção do Imposto de Renda, anunciada pela presidenta, foi criticada.
Os dirigentes das centrais sindicais disseram que pretendem pressionar o Congresso Nacional para a aprovação de pautas consideradas prioritárias, como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. “Nós sentimos que há condição, até pelo momento eleitoral, de que a gente avance em algumas das coisas que nós tanto queremos”, enfatizou o presidente da CSB, Antônio Neto.
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, nos últimos anos foram conquistados poucos benefícios para os trabalhadores. “Eu sou da opinião que pouco se avançou na pauta trabalhista. No entanto, a presidenta, ao se pronunciar, elevou o nosso ânimo”, disse. “De parte das centrais, nós vamos continuar lutando para pressionar o Congresso para que ele se volte para os anseios e expectativas da maioria da população”, acrescentou.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, que também esteve no ato da Força Sindical, disse que faltam no Congresso representantes dos interesses dos trabalhadores. ”A pauta trabalhista está parada, não anda, porque não tem representantes dos trabalhadores”.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também esteve presente no evento. Estava previsto discurso dele durante o ato político da festa. No entanto, quando começaram as intervenções, o público se mostrou impaciente, vaiando e atirando garrafas plásticas no palco. Haddad acabou deixando o local sem se pronunciar ou falar à imprensa. O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou rapidamente e conclamou o público a “enxotar”o racismo. O ministro de Relações Institucionais da Presidência, Ricardo Berzoini, se limitou a mandar um abraço para os presentes.
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