Com candidatura ao Planalto lançada há um ano pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e mais do que nunca em campanha, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) continua reclamando das visitas da presidenta Dilma Rousseff a Minas, o 2º maior colégio eleitoral do País, que ele considera sua principal base eleitoral na disputa nacional deste ano. A presidenta voltou ao Estado ontem e o senador também voltou com sua inevitável nota de protesto à cada ida dela lá.
Em sua 1ª visita oficial deste ano a Minas, a presidenta anunciou a liberação de R$ 2,55 bi para obras de mobilidade urbana no Estado. No discurso em que anunciou as verbas a chefe do governo destacou que segue uma política de não “discriminar” ninguém por causa de “partido político”. “Sou presidente de todos os brasileiros. Não posso fazer discriminação por partido, time de futebol, religião”, acentuou. Quer dizer, bem ao contrário da discriminação empreendida pelos tucanos em todos os lugares onde governam…
Já o senador Aécio, em sua nota-protesto de ontem, julgou “obrigação elementar” a cooperação entre as esferas de poder. “É importante que a presidente Dilma perceba que estabelecer uma relação republicana e respeitosa com Estados e municípios não é favor e nem seria razão para autoelogio”, assinalou. “Mas, lamentavelmente, não é o que ocorre no governo federal. Especialmente no que diz respeito a Minas, infelizmente a presidente diz uma coisa e faz outra”, acrescentou Aécio, para quem a presidenta “zomba da memória e da inteligência” dos mineiros às vésperas da eleição.
A maior parte dos recursos anunciados ontem – R$ 2 bi – destina-se à ampliação do metrô de Belo Horizonte. O resto das verbas vai para a conclusão de obras de mobilidade na capital mineira. Os recursos são parte do PAC 1 e do programa Mobilidade Urbana e Grandes Cidades: R$ 1,28 bi sairá do Orçamento Geral da União e R$ 1,27 bi virá em financiamentos de até 30 anos, com quatro de carência e juros de 5%.
Mineiros têm tudo para agradecer à presidenta
Mineiros e belo-horizontinos temos tudo para agradecer a visita que a presidenta fez nesta 6ª feira a Minas. Francamente, com a continuidade desse procedimento, o senador Aécio Neves se trai. Ele pensa que Minas ainda é uma capitania hereditária, da qual ele é donatário? No fundo, ele tem é medo da concorrente em Minas, principalmente porque sabe que não está tão bem assim quanto propala.
A Minas deixada por Aécio após oito anos como seu governador (2003-2010) é o Estado de maior endividamento do Brasil em termos proporcionais; um dos Estados que menos recebem investimentos; um dos que menos tem grandes obras de infraestrutura; o Estado que mais gasta em publicidade dentre os 27 do país; e onde é inquestionável a queda da qualidade da educação e da saúde…
Tudo ao contrário da propaganda tucana. Tudo resultado dos métodos de governo de Aécio, do seu domínio por cooptação sobre a Assembleia Legislativa – ele governou por leis delegadas, na prática, por decreto – do seu controle total sobre a mídia, da censura aos opositores…
Como diria seu conterrâneo, o ex-ministro José Dirceu, em Minas, sinta-se em casa, presidenta! Até porque a sra. é mesmo de casa, uai…nasceu em Belo Horizonte e morou em nossa capital até transferir-se para o Rio Grande do Sul, onde trabalhou e morou vários anos. Daí ser completamente sem sentido o esperneio do senador Aécio neves (PSDB-MG), que protesta contra cada visita sua ao nosso Estado. Como se Minas fosse dele! Esperneio eleitoreiro.
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