23 de Janeiro de 2014 às 18:07
Márcio Dornelles
Quanto maior o número de aliados, maior precisa ser o esforço para manter todos satisfeitos. A “sinuca de bico” da presidente Dilma Rousseff e do seu guru político, ex-presidente Lula, está na acomodação dos partidos da base na reforma ministerial e na formatação dos palanques regionais. No Ceará, Dilma e Lula estão no miolo de um emaranhado partidário e podem ser forçados a participar de três palanques na disputa ao Governo do Estado.
O governador Cid Gomes, a pedido do Pros, deve lançar um nome para sucedê-lo, enquanto o senador Eunício Oliveira também pretende se candidatar ao Palácio da Abolição pelo PMDB. Dois aliados estratégicos do PT no Ceará que disputam a atenção do Planalto. Mas, nos últimos dias, outra sigla da base corre por fora: o PR. O ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, também quer Dilma e Lula pedindo votos para sua candidatura.
De um lado, Cid e José Guimarães podem bater o martelo; do outro, Eunício e Inácio acertariam chapa paralela; por último, Pessoa e o candidato ao Senado ainda não definido. Um acerto entre PSDB e PR formaria a dobradinha Roberto Pessoa ao Governo e o ex-governador Tasso Jereissati ao Senado, e deixaria o PT livre da obrigação. A sucessão ao Governo do Estado promete fragilizar a base.
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