Cruz. Moradores de ruas são crianças, adolescentes, adultos, velhos e idosos. São moradores de ruas por causas diversas como, abandono familiar ou falta de família, situação econômica, desemprego, desajuste social e problema psicológico. Nas ruas, fazem o que querem e não tem responsabilidade com nada. A filosofia de vida é bastante complexa. Não tem sonho nem esperança de mudança. Quando estão com fome, compram alimentos, pedem, roubam ou furtam. Não importa o método usado para conseguir, o que importa no momento é saciar a fome que lhes atormentam. Geralmente, só tem a roupa que usam, pois não tem guarda roupa, às vezes usam uma sacola para colocar seus pertences. À noite, usam como proteção pedaços de papelão ou plástico. Quando recebem doações de cobertores dura pouco, pois não tem onde guardar e quando chove molha e perdem tudo. São obrigados a se adaptarem à fome, sede, frio e às doenças. Vivem no meio da sujeira, sem tomar banho, nem cortar cabelo, barba ou unhas. Não escovam os dentes e exalam mau cheiro. Mesmo sendo seres humanos, não são considerados como tal. Muitas vezes são importunados em seus leitos improvisados ao relento, espancados e até presos. Muitos são cidadãos honestos que chegam a envergonhar os Colarinhos Brancos de Brasília.
Os programas sociais, os centros de referencia, as casas de apoio, os albergues não passam de medidas paliativas que pouco ajuda e quase nada resolvem, pois o problema continua.
São milhares de pessoas que vivem nas ruas de todo o Brasil. Em São Paulo são mais de 15.000. No Distrito Federal são mais de 2.500 moradores de rua.
Eles não estão na rua somente por que querem. Cada um tem uma história para contar. Muitos têm família que mora distante e perderam o contato. Sem emprego, sem dinheiro não tem como voltar a sua terra natal e se reintegrar a sociedade. Passam a ter uma vida desregrada, marginalizada, sofrida e sem perspectiva alguma.
Se para este povo falta o mínimo para viver com dignidade, para outros, o que importa é mostrar seu poder econômico e prestigio social de forma exuberante e chamativa.
Um pequeno gesto de solidariedade humana seria o suficiente para retirar muita gente da rua e devolver-lhe o que tem direito: um teto, uma família, ou até mesmo o direito que lhe é assegurado na Constituição Brasileira.
Que neste Natal e Ano Novo, cada cidadão possa compreender esta situação e fazendo um pequeno gesto de solidariedade, possa devolver o que há de mais sagrado para o ser humano que é o direito de ter direito.
A roupa que você não usa, o brinquedo que seu filho abandonou, o calçado que ocupa espaço em uma sapateira ou o alimento que sobrou daquela grande Festa de Fim de Ano, se forem doados aos necessitados poderá devolver o sorriso de uma criança ou saciar a fome de quem há dias de quase não se alimentou.
Esta é a mensagem da Federação das Associações Comunitárias do Município de Cruz – CE a todos os cidadãos de boa vontade.
Antônio dos Santos de Oliveira Lima
Presidente.
Clairton José de Farias
Secretário
Dr. Lima
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