A mesma situação é vivida por uma das comerciantes mais antigas da localidade. Ela disse que montou sua mercearia há mais de 33 anos. “No começo era muito boa a convivência por aqui. O movimento no meu comércio era intenso. Não só os passageiros dos trens, mas os funcionários da Reffsa faziam compras aqui. Hoje, atendo somente à vizinhança”, contou a comerciante que pediu para não ser indentificada. Ela lembra que já foi assaltada umas três vezes. “Duas vezes, foi pela mesma pessoa. A primeira vez ele estava armado com uma faca e, na segunda vez usou um revólver”, lembra.
Para esses moradores, a situação poderia melhorar se a prefeitura construísse naquele espaço uma área de lazer. “Seria bom que a prefeitura utilizasse esse espaço para construir uma praça. Nós precisamos de área de lazer e não temos”, contou a moradora Ana Igrind Felix, 18 anos. Para o comerciante e vereador da cidade José Vytal Arruda Linhares, a prefeitura deveria construir ali um terminal municipal. “Tem muitas topics e vans circulando pela cidade. Seria bom a prefeitura transformar aquele local num terminal de passageiros para abrigar esses transportes alternativos”, disse Vytal.
O drama vivido pelos moradores é o mesmo pelo qual passam os funcionários da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN). “Nosso sossego acaba quando a noite chega, com a chegada dos marginais. Apesar do prédio ter sido isolado pela Defesa Civil, mesmo assim eles entram e fazem de tudo lá dentro”, conta um funcionário da companhia.
Ele disse que durante o dia o movimento dos funcionários intimida a presença desses marginais, mas, à noite, como permanence somente um vigia, os delinqüentes aproveitam para fazer uso de drogas e um monte de coisa errada. Perguntado se a polícia costuma aparecer no local, uma moradora diz que só quando é chamada ou quando vem em perserguição de alguém que cometeu algum delito.
Por Wilson Gomes
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