O PT reagiu às insinuações de Jair Bolsonaro de que o governador da Bahia, Rui Costa, e a própria legenda devem explicações sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, ligado ao seu clã. Em nota, o partido destaca que "Jair Bolsonaro é viciado em mentir", "faz acusações sem provas" e que ele é quem deve "explicar suas ligações e de sua família com o mundo do crime, antes de lançar mentiras e insultos contra o PT", completa
16 de fevereiro de 2020, 14:08 h Atualizado em 16 de fevereiro de 2020, 14:16
247 - Os ataques desferidos por Jair Bolsonaro ao acusar o PT e o governador da Bahia, Rui Costa, de serem os responsáveis pela morte do miliciano Adriano da Nóbrega, que era ligado ao clã Bolsonaro e que morreu na semana passada, levaram a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann a emitir uma nota repudiando as insinuações, além de cobrar explicações sobre suas ligações com as milícias.
“Bolsonaro volta a mentir e fazer acusações falsas ao PT e ao governador Rui Costa, para desviar a atenção sobre a morte do miliciano Adriano, testemunha das ligações da família Bolsonaro com o mundo do crime, das milícias e dos desvios de dinheiro no gabinete do filho Flávio. Ultrapassa os limites do cinismo ao exigir esclarecimentos sobre essa morte e as de Marielle e Anderson, sobre as quais quem deve saber muito são pessoas próximas a ele, e volta a fazer insinuações covardes sobre a morte do prefeito Celso Daniel, 18 anos atrás”, destaca a nota.
“Bolsonaro tem sim de explicar suas ligações e de sua família com o mundo do crime, antes de lançar mentiras e insultos contra o PT”, diz um outro trecho da nota. “A cada dia que passa a verdade vai ficando mais clara sobre esses processos de mentiras e perseguição. Não há nenhum Queiróz no PT, nenhum Adriano. Nenhum foragido, protegido pela PF, pelo Ministério da Justiça ou pela Presidência da República. Bolsonaro precisa parar de se esconder por trás de mentiras, como o covarde que é”, ressalta o texto assinado pela presidente nacional da legenda.
Leia a íntegra da nota do PT sobre o assunto.
Bolsonaro se esconde por trás de mentiras
Jair Bolsonaro é viciado em mentir. Diante de denúncias, suspeitas e problemas reais, sua reação é fazer acusações sem provas. Fez isso com Leonardo DiCaprio, com o Greenpeace, com a Miriam Leitão, com o presidente francês Macron, com ex-presidentes do INPE, do IBGE, do BNDES, já mentiu até sobre seus ministros e parceiros do PSL. Mas seu alvo principal sempre foi o PT, e contra nós e nossos dirigentes montou uma fábrica de mentiras nas eleições de 2018.
Bolsonaro volta a mentir e fazer acusações falsas ao PT e ao governador Rui Costa, para desviar a atenção sobre a morte do miliciano Adriano, testemunha das ligações da família Bolsonaro com o mundo do crime, das milícias e dos desvios de dinheiro no gabinete do filho Flávio. Ultrapassa os limites do cinismo ao exigir esclarecimentos sobre essa morte e as de Marielle e Anderson, sobre as quais quem deve saber muito são pessoas próximas a ele, e volta a fazer insinuações covardes sobre a morte do prefeito Celso Daniel, 18 anos atrás.
Bolsonaro tem sim de explicar suas ligações e de sua família com o mundo do crime, antes de lançar mentiras e insultos contra o PT. Nossos dirigentes enfrentaram e responderam na Justiça todas as denúncias, mesmo as mais falsas, em processos marcados pela parcialidade, como está evidente no caso do ex-presidente Lula. Não fugiram de suas responsabilidades, não se esconderam, não mentiram. E a cada dia que passa a verdade vai ficando mais clara sobre esses processos de mentiras e perseguição. Não há nenhum Queiróz no PT, nenhum Adriano. Nenhum foragido, protegido pela PF, pelo Ministério da Justiça ou pela Presidência da República.
Bolsonaro precisa parar de se esconder por trás de mentiras, como o covarde que é. O Brasil precisa de coragem para enfrentar e superar a dura realidade que se abate sobre nosso país e nosso povo: fome, desemprego, destruição do estado e das políticas públicas que protegiam os mais pobres. O Brasil precisa da verdade.
Gleisi Hoffmann
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