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27 de setembro de 2018 Redação 5 Comentários
#HumanistaConfere
Ariel Lopes
“Eu sei que vou passar para a história como presidente que mais fez inclusão social nesse país”. A frase é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na primeira propaganda eleitoral veiculada pelo partido na televisão. À época, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que negou o registro da candidatura de Lula à Presidência da República era contestada em instâncias superiores da justiça e Fernando Haddad ainda não havia sido oficializado como substituto do ex-presidente na chapa petista.
Para checar a informação, o Humanista toma como base os governos democráticos, eleitos depois de 21 anos de Ditadura Militar no país (1964-1985) – durante os governos militares o acesso à informação era restrito e não há bases de dados para consultas dinâmicas sobre os governos anteriores. Como fonte para a checagem foram consultados os atos oficiais assinados pelos presidentes criando os programas sociais (disponíveis nas bases de dados do governo federal, como o site do Palácio do Planalto).
Em comparação aos demais ocupantes do mais alto cargo do Executivo pós-Ditadura Militar, Luiz Inácio Lula da Silva foi, de fato, o presidente que mais implantou projetos sociais. Durante os oito anos em que esteve à frente do país (2003-2010), foram 11 programas, divididos em áreas como moradia, educação, alimentação e saúde. Depois de Lula, o segundo maior responsável por implantar projetos sociais foi o governo de Dilma Rousseff (2011-2016), também do PT, com oito novos programas. Em seguida, aparece Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que criou seis programas.
Presidentes que mais criaram programas
sociais no período pós-Ditadura Militar
1º Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Programa Nacional de Acesso à Alimentação
Tarifa Social de Energia Elétrica
2º Dilma Rousseff (PT)
Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais
3º Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
Não possível, no entanto, diante da amplitude do conceito de “inclusão social” (objeto da frase do ex-presidente Lula), aferir o número de pessoas direta e indiretamente beneficiadas pelos programas, do que decorre a classificação da afirmação como “sem contexto”.
FOTO: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
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