20 de janeiro de 2015 | 18:41 Autor: Fernando Brito
O deputado Eduardo Cunha anunciou que um áudio “grampeado” estaria sendo preparado para incriminá-lo nos casos de corrupção da turma do Paulo Roberto Cunha e Alberto Yousseff.
Diz ele que preparado dentro da Polícia Federal.
Quem o escutar verá que tem toda a pinta de armação, mesmo, pois os personagens falam de forma inverossímil.
De qualquer forma, será fácil identificar a origem, tanto da gravação quanto das vozes que ela registra, se o deputado informar quem lhe passou a “muamba” policial.
Se a der.
Porque a gravação parece seguir um roteiro “encomendado” para se mostrar mesmo uma armação.
O que existe contra o deputado é a confissão, com todas formalidades a legitimá-la, de um policial federal que admite que fazia entregas de dinheiro a políticos e empreiteiros.
E a favor do deputado a declaração do advogado de Yousseff que sempre se apressa a negar qualquer detalhe que envolva políticos que fazem oposição ao Governo, mas que é esquivo e concorda, silenciosamente, com qualquer menção a governistas.
A gravação deve ser vista com o maior cuidado, pois arrisca fazer parte de uma “Operação Me Lavem, a Jato”, para excluir quem “não interessa” politicamente ver atingido pelo escândalo.
E, por tudo que se tem visto, não está longe da Polícia Federal e do Ministério Público o ninho de quem pretende fazer este tipo de “blindagem”.
É difícil acreditar que, se o esquema envolvia o PMDB, pudesse passar ao largo de seu homem-forte, que todo mundo sabe em Brasília ter um atilado faro para oportunidades de, digamos, obter sustentação.
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