Redação
jornalismo@cearanews7.com.br
A breve passagem do líder do PMDB, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por Fortaleza, para cumprimento de agenda de campanha pela Presidência da Câmara dos Deputados, resultou em mais um atrito entre o líder do PROS-CE, Ciro Gomes, e o governador do Ceará, Camilo Santana (PT). Informações de bastidores dão conta que o irmão mais velho de Cid ameaçou romper com o governador caso ele recebesse o peemedebista no Palácio da Abolição, no último dia 16.
Eduardo Cunha foi, por diversas vezes, alvo de críticas ferrenhas dos irmãos Ferreira Gomes. Recentemente, Ciro o classificou como “picareta-mor”e Cid o chamou de “escória da política”. Ambos são declaradamente contrários à influência do PMDB no governo Dilma.
O acolhimento de opositores do governo passado no Palácio da Abolição já havia gerado o descontentamento do ex-ministro e ex-secretário da Saúde do Ceará. Logo nos primeiros dias de governo, Camilo Santana recebeu,individualmente, todos os deputados estaduais eleitos, dentre eles, Capitão Wagner (PR), acusado pelos irmãos FG de liderar uma milícia, ligada ao narcotráfico, estruturada dentro da Secretária de Segurança Pública de Defesa Social do Ceará. O encontro entre Camilo e Wagner enfureceu Ciro Gomes.
Leia também: Ciro se revolta por Camilo receber Capitão Wagner no Abolição
No caso do encontro com Eduardo Cunha, o desfecho da história foi diferente. Como, no dia da reunião, Camilo Santana foi chamado para um encontro com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI), Pepe Vargas, a agenda em Brasília, marcada posteriormente, foi usada como pretexto para o cancelamento do compromisso com o desafeto de Cid e Ciro Gomes.
Leia também: Camilo Santana cancela encontro com Eduardo Cunha e segue para Brasília
Em Brasília, Camilo se reúne com o ministro das Relações Institucionais
Aliança instável
Apesar de ter desempenhado o estratégico papel de 'franco atirador' na eleição de Camilo Santana (PT) para governador do Ceará, o líder do PROS-CE, Ciro Gomes, sempre deu indícios de que não avalizou completamente a decisão do irmão Cid Gomes (PROS) de apadrinhar o petista na corrida pelo Abolição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário