O Ministério Público e a Polícia Federal consideram ter provas suficientes para pedir a condenação de 11 executivos das empreiteiras Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, UTC Engenharia e Engevix, como parte do esquema de corrupção lavagem de dinheiro e organização criminosa. As informações são do Jornal O Estado de São Paulo.
Segundo o periódico, a acusação trata do braço do PP no esquema de propina de 1% em grandes contratos da estatal, via diretoria de Abastecimento, entre 2009 e 2014. Essa será a primeira denúncia envolvendo empreiteiros, nesta fase da Operação Lava Jato batizada de Juízo Final – o esquema já rendeu, sem incluir empreiteiros, dez ações anteriores, que tinham como alvo Costa, Youssef e outros doleiros.
A ideia dos integrantes da Operação Lava Jato é entrar com outras denúncias contra empreiteiros, usando indícios que envolvem os demais partidos citados no escândalo, como PT e PMDB, e suas relações com os fornecedores da Petrobrás, envolvendo o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Yousseff.
Conforme a reportagem, a denúncia será apresentada pelo Ministério Público Federal à Justiça Federal de Curitiba até a segunda semana de dezembro. O juiz federal Sérgio Moro tem até 20 de dezembro, quando começa o recesso do Poder Judiciário, para decidir se aceita e torna réus os acusados ou se rejeita a peça.
Os onze executivos presos, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Youssef serão acusados formalmente por organização criminosa, lavagem de dinheiro e
corrupção. Os procuradores sustentarão que as empresas do “clube” agiam por ato de ofício ao se organizarem para discutir os contratos e pagamentos que lhe rendiam vantagens. Para os investigadores, não houve prática de extorsão, mas um crime cometido de maneira organizada, com divisão de funções, continuadamente e com fins comuns.
Cearaagora
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