Com o avanço das investigações, a expectativa é que aumente a lista de políticos envolvidos no esquema de corrupção; 250 parlamentares teriam sido citados pelos principais delatores; líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), foi apontado como quem recebeu R$ 1 milhão; "acusação fantasiosa", rebateu; juiz Sérgio Moro, responsável pelas apurações, afirmou que não há como fazer "crítica partidária, pois se desconhece ainda o alcance e a duração da prática criminosa"; para cientistas políticos, Congresso viverá fase de grande fragilidade
23 de Novembro de 2014 às 06:56
247 – Além de funcionários da Petrobras e grandes empreiteiros, 250 parlamentares teriam sido citados pelos delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O número foi divulgado pelo colunista Felipe Patury. Com o avanço das investigações e a divulgação de trechos dos depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, a expectativa é que a lista vá se tornando conhecida.
Ontem, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apontou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), como receptor de R$ 1 milhão do esquema. O senador rebate a acusação: "totalmente fantasiosa". Ao comentarem a Lava Jato, cientistas políticos avaliam que o Congresso viverá uma fase de grande fragilidade e terá sua credibilidade abalada, segundo o colunista Ilimar Franco.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações, ressaltou na sexta-feira 21, em despacho que determinou a prisão preventiva do lobista Fernando Baiano, que não é possível partidarizar os envolvidos na Lava Jato, pois ainda não são conhecidos o alcance a duração do esquema. "Aqui não se faz crítica partidária, pois se desconhece ainda o alcance e a duração da prática criminosa", disse ele.
A tese da oposição de vincular o escândalo ao PT já não tem eficácia. Dois depoentes – o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e Fernando Baiano – de admitiram que suas práticas criminosas vinham desde a era FHC. Barusco explicou aos investigadores por que conseguiu acumular uma fortuna tão expressiva – ele prometeu devolver US$ 100 milhões aos cofres públicos: desviava dinheiro da estatal desde 1996, segundo ano do primeiro mandato do ex-presidente tucano.
Tijolçao
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