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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Lava Jato: Polícia continua a procura de dois foragidos

 

Fernando Baiano

Fernando Baiano

A Polícia Federal (PF), que nesta semana prendeu executivos das grandes empreiteiras nacionais acusadas de participarem do esquema de corrupção na Petrobras, continua a procura de dois dos 25 investigados que tiveram a prisão decretada pela Justiça Federal do Paraná na semana passada. São eles: Fernando Soares, lobista conhecido como “Fernando Baiano”, e Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA), que são considerados foragidos.

De acordo com o criminalista Mário de Oliveira Filho, que defende Fernando Baiano, o seu cliente não vai se entregar à PF. A estratégia é ingressar com pedido de habeas corpus perante o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) para tentar derrubar o decreto de prisão..
“Minha orientação é para (Fernando Baiano) não se entregar, vamos tentar o habeas
corpus”, declarou Oliveira Filho.
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato na primeira instância, expediu mandado de prisão temporária contra os dois. Nesta modalidade de prisão, a pessoa pode ficar detida no máximo por cinco dias. Os nomes de Fernando Baiano e Adarico Negromonte foram registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Eles também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol, a polícia internacional.

Ao depor à PF e ao Ministério Público Federal em outubro, o doleiro Alberto Youssef, considerado um dos líderes da organização criminosa desarticulada pela Lava Jato, disse à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras.

O doleiro afirmou ao juiz federal que Fernando Baiano fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a estatal do petróleo. A assessoria de Michel Temer, presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, informou nesta sexta que o lobista “nunca teve contato institucional com o partido”.

Já Adarico Negromonte é apontado pela Polícia Federal como responsável pelo transporte de propinas em malas. Ele e Fernando Baiano são suspeitos de serem operadores do esquema de corrupção.

Ao todo, 23 pessoas foram presas pela PF na última sexta-feira (14), na mais recente etapa da Lava Jato, batizada de “Juízo Final”. (saiba quem foi preso e quem está foragido). Entre os presos estão executivos de algumas das maiores construtoras do país e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

Na noite deste sábado, três executivos da empreiteira Camargo Corrêa chegaram à Superintendência da PF em Curitiba e se juntaram a outras 20 pessoas que já tinham sido presas na sexta.

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