Os presidentes de PR e PSDB e membros do PRB, PSB e PV estiveram na manhã de ontem, no gabinete do deputado Heitor Férrer (PDT) convidá-lo a ser candidato ao Governo do Estado, como oposição ao candidato a ser indicado pelo governador Cid Gomes. No encontro, alguns desafetos da atual administração chegaram a chamar o chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho, de “bandido” e afirmaram que existe corrupção na gestão cidista
Estiveram presentes em apoio a Férrer o ex-governador Lúcio Alcântara, o candidato derrotado à Prefeitura de Sobral, Dr. Guimarães (PV); o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa; os vereadores Capitão Vagner (PR), Gelson Ferraz (PRB), Carlos Dutra (PSDB); o presidente do PSDB e ex-deputado, Luiz Pontes; os deputados estaduais Ronaldo Martins (PRB) e Eliane Novais (PSB) e o ex-presidente estadual do PSB, Sergio Novais.
Eles fizeram pronunciamentos incisivos contra a gestão do atual governador, Cid Gomes, e chegaram a chamar a atual administração de corrupta. Sérgio Novais, em determinado momento chamou o chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho de “bandido”. Eles ainda chamaram a Assembleia Legislativa de “secretaria para assuntos do Governo do Estado”, visto que votam com celeridade todas as matérias enviadas pelo Governo do Estado.
Heitor Férrer agradeceu ao convite feito pelas lideranças partidárias, mas disse que não depende dele a tentativa de ser governador do Ceará. A partir de agora, o parlamentar irá debater com o presidente de seu partido, André Figueiredo, para analisar tal possibilidade. Em entrevista ao Diário do Nordeste, na última segunda-feira, Figueiredo informou que ajudará o oposicionista do Governo Cid Gomes ao Senado Federal, mas não ao Poder Executivo Estadual.
“O que nos une aqui são partidos e setores de partidos, que embora sejam da base aliada, eles discordam do Governo atual. O que nos une é um sentimento de oposição ao grupo que governa o Ceará. Nós achamos que o deputado Heitor Férrer encarna bem essa postura, por conta da forma como ele tem se posicionado, denunciando os desmandos do Governo do Estado”, afirmou o ex-governador Lúcio Alcântara. Segundo ele, a atual gestão tem sido “um cliente diário das editorias de escândalos da imprensa nacional”.
Apesar do apoio dado pelo republicano a uma possível candidatura, ele afirmou que muito ainda há para se discutir entre as legendas, podendo, inclusive apoiar outros nomes que venham a ser colocados. “Em 2010 eu tinha chances como deputado federal, mas não tinha ninguém para se candidatar e eu fui até mesmo como anticandidato e na reta final eles traíram o Tasso Jereissati e o PSDB lançou o Marcos Cals. Eu nem iria, porque o Cals é um bom nome”, refletiu.
Já o presidente do PSDB, Luiz Pontes, também afirmou que seu partido tem nomes para apresentar ao Governo, no entanto, ressaltou que Heitor Férrer tem se pautado sua vida política em busca da ética e relembrou outras legislaturas em que ele era líder e Heitor era oposição. “Hoje nós encontramos uma oposição responsável na Casa, porque essa Casa é autoritária ao esvaziar o debate. Hoje, a Assembleia é uma secretaria do Estado e isso é muito lamentável, porque o próprio PDT não o acompanha, Heitor, porque não tem coragem de bater de frente com o Governo do Estado”, ressaltou.
Segundo ele, o Governo do Estado tem cooptado e humilhado as pessoas, quando o Estado passa por um período de seca. Sergio Novais chamou a atual administração de “corrupta” e lembrou que, em conversa com o presidente do PSB Nacional, Eduardo Campos, foi colocado que a ex-prefeita Luizianne Lins e Heitor Férrer seriam nomes para o Governo do Estado. A intenção, conforme ressaltou, seria fazer um palanque duplo no Estado, sendo que o pedetista receberia, caso seu partido aceite, um apoio de legendas que em nível nacional iriam disputar em trincheiras diferentes.
Já Roberto Pessoa disse que Cid Gomes tem tocado sua gestão de forma “prepotente”. Ronaldo Martins e Gelson Ferraz também estiveram presentes ao encontro e demonstraram apoio a uma possível candidatura do pedetista ao Governo do Estado. “O povo clama nas ruas, Heitor Férrer”, disse Ronaldo Martins, que até pouco tempo fazia parte do arco de aliança de Cid Gomes.
“Nós temos um governo que tem muitas deficiências e que não aceita as críticas. Do jeito que a coisa está, se os homens políticos não se unirem, vamos continuar vendo o descaso que está aí”, disse o candidato derrotado à Prefeitura de Sobral, Dr. Guimarães, do PV.
Heitor Férrer disse que a unidade que une essas legendas é o fato de o Governo do Estado ter “frustrado profundamente a população”. Ele se disse “lisonjeado” com o convite feito pelas lideranças partidárias, mas respondeu “nem que sim e nem que não”. “Vamos fazer o que depende da gente. O que não depende a gente não pode falar. Vamos fazer o nosso papel e aguardar essa dinâmica nacional, estadual, para ver se esse projeto, se se consolidar, o desejo que sim”. O parlamentar aguarda agora um posicionamento do presidente do PDT, André Figueiredo, e da executiva da sigla no Ceará, que já sinalizou apoiar uma candidatura sua ao Senado e apoio a um candidato indicado pelo governador Cid Gomes
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