Por Expedito Torres
A comunidade de Terra Nova, no município de Massapê, foi testemunha da primeira Oficina de Beneficiamento do Babaçu. O objeto desta vez foi a experimentação da extração da amêndoa do babaçu, através do uso de um machado invertido e a produção de carvão com tambores de metal de 200 litros.
Desde a década de 70 que os quebradores de babaçu da Serra da Meruoca utilizam a marreta, para quebrar o coco (foto). Este processo porém produz amêndoas esfareladas, de baixa qualidade e rejeitadas pelo Mercado. Por Isso o Instituto Carnaúba, buscou soluções para o problema, o que levou a equipe do projeto ao Maranhão, estado que tem quase 80% do coco no Brasil. Onde foram encontradas duas soluções.
A primeira foi uma maquina de corte do coco (foto) que estará entrando em operação em breve. A segunda foi a adoção do machado invertido, que é largamente usado por cerca de 200 mil quebradeiras de coco no maranhão (foto).
Carvão
A técnica de produção de carvão, com tambores metálicos de 200 litros foi selecionada por se tratar de um método de fácil transporte, rapidez no processo de carbonização e de baixo custo. Como os babaçuais da Meruoca estão há muito tempo sem coleta, há uma enorme quantidade de cocos “velhos” para serem transformados em carvão, e ainda o uso da casca do babaçu, após extração da amêndoa.
Ressalte-se que o babaçu é uma fonte renovável de energia, contribuindo para evitar desmatamentos de mata nativa.
O machado
Segundo o depoimento dos presentes a oficina, a adoção do machado tem como efeito imediato o aumento da qualidade da amêndoa produzida, aumento da renda, inclusão produtiva das mulheres, e gerando um resíduo (casca) de valor estratégico.
Máquina de quebra de coco babaçu
Turma que participou da oficina do babaçu
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