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terça-feira, 27 de março de 2012

Terminal portuário do Pecém terá investidos R$ 2 bi até 2016

Em seus dez anos de existência o porto fortaleceu a economia do Estado, com perspectivas de alavancar ainda mais o Ceará com a vinda dos projetos estruturantes

O Porto do Pecém completa dez anos de atividades no próximo dia 28. Durante a última década investimentos em sua ampliação e modernização permitiram aumento expressivo na movimentação de cargas. Para o secretário da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), Adail Fontenele, atualmente o porto se prepara para receber os importantes investimentos estruturantes que são a refinaria, a siderúrgica e a ferrovia transnordestina. “O Ceará, graças aos investimentos no porto nos últimos anos está pronto para dar um salto qualitativo e quantitativo na geração de riquezas para o Estado, enchendo de orgulho o Governador e todos que trabalhamos no Governo para que esta realidade tomasse forma”, destaca Adail.

Na última década o terminal portuário ampliou em mais de seis vezes a movimentação de contêineres em relação à registrada em seu primeiro ano de funcionamento, alcançando quase 200 mil TEU`s (medida equivalente a um contêiner de 20 pés de capacidade) no ano passado. O crescimento decorre em boa parte de sua liderança nacional na exportação de frutas e pescados, rumo à consolidação do porto como concentrador de cargas para distribuição aos grandes mercados internacionais, contribuindo para o crescimento econômico do Estado.

A posição ocupada atualmente pelo terminal tem sido garantida pelos investimentos feitos pelo Governo do Estado na melhoria da sua infraestrutura nos últimos seis anos, como o Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT), resultado de um investimento de R$ 420 milhões; de uma correia transportadora de carvão mineral (R$ 156 milhões); e de um descarregador de carvão mineral (R$ 23 milhões), equipamentos que darão suporte aos empreendimentos estruturante que se instalam naquele complexo, como a siderúrgica e a refinaria de petróleo, entre outros.

Até 2016 serão investidos cerca de R$ 2 bilhões no terminal, agregando ainda mais valor ao porto com a implantação de uma nova expansão do terminal portuário, que são a implementação de mais três correias transportadoras, a construção de um bloco de utilidades e de um Terminal Intermodal de Cargas (TIC). “Todo o desenvolvimento do Ceará passará pelo porto pois o equipamento incentiva setores como o da construção civil, comércio, moradia, urbanização, investimento direto e empregos”, destaca Erasmo Pitombeira, diretor-presidente da Companhia de Gestão Portuária do Ceará (Cearáportos).

A Cearáportos, órgão vinculado à Seinfra e que administra o porto, prevê que a movimentação de cargas no terminal continuará crescendo, atingindo 260 mil TEU`s até 2014 e 300 mil TEU`s em 2016, tanto para exportação quanto para importação. No que se refere à movimentação de carga geral o salto previsto é de 6,5 milhões de toneladas em 2014 para 7,1 milhões no mesmo período. Esse crescimento será puxado sobretudo pela implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a refinaria Premium II da Petrobras, a serem instalados no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e a ferrovia Transnordestina.

Nova ampliação

A nova expansão realizada no porto pelo governador Cid Gomes já teve seu processo licitatório concluído, faltando apenas a liberação da licença ambiental para que as obras possam ser iniciadas. Nesse pacote de investimentos, que somarão cerca de R$ 600 milhões, estão incluídos uma nova ponte de acesso de 1.560 metros de extensão por 32 metros de largura, atendendo à demanda gerada pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a refinaria Premium da Petrobras e a ferrovia Transnordestina; dois berços de atracação de navios na linha contínua ao TMUT para atender à exportação de placas de aço a serem produzidas pela siderúrgica; e uma adaptação do atual quebra-mar para que ele se transforme, na parte interna do porto, em rodovia.

Até 2016 será encerrada a última fase da expansão, com a construção de terceiro berço de atracação, visando atender à demanda da siderúrgica em sua plena carga, a execução de mais um novo quebra-mar, de cerca de 2.800 metros, que abrigará mais cinco berços, para atender a todas as demandas da refinaria, bem como de mais dois berços para uso da ferrovia Transnordestina. Até aquele ano estão previstas, ainda, a instalação de ainda mais uma correia transportadora para movimentação de carvão e duas correias para minério de ferro e, ainda, mais um descarregador de carvão e dois descarregadores para minério de ferro.

A perspectiva é que o porto do Pecém torne-se um grande atrativo para os armadores, especialmente com essa perspectiva de aumento dessa atividade com a construção do novo canal do Panamá, que reduzirá o tempo de viagem em 30 dias. Com a construção o porto cearense, devido a sua proximidade com os mercados consumidores do Estados Unidos e Europa e equipamentos, servirá como importante centro de movimentação das mercadorias vindas da Ásia em direção aos mercados citados.

História do Porto do Pecém

Há dez anos o Porto do Pecém foi inicialmente construído para servir aos projetos de uma siderúrgica e de uma refinaria no Estado. Com o atraso na vinda desses investimentos, mas possuidor de vantagens como ser do tipo off-shore, excelente profundidade (17,5 metros) para receber navios de grande calado, estar distante de centros urbanos, possuir acessos rodoviário e ferroviário, ocupar uma posição geográfica privilegiada em relação aos portos da América do Norte, Europa e Ásia, bem como os baixos custos de tarifas, o terminal alcançoé comemorado o dia do cacau e du a liderança na exportação de frutas e pescados. No porto também concentra-se a geração de gás natural, realizada no navio Golar Spirit e que abastece todo o Estado.

Atualmente o Porto do Pecém retorna a seu projeto original, com a implantação de uma refinaria, de uma siderúrgica já em construção no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) que concentrará, também, uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE). O impacto destes projetos estruturantes na Produto Interno Bruto (PIB) será de 4% , além da geração de 50 mil empregos diretos e indiretos.

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